Tondela-Belenenses, 0-1 (crónica) - TVI

Tondela-Belenenses, 0-1 (crónica)

Azuis com duas caras regressam aos triunfos na Beira

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A fome de bola era tanta e o proveito tão pouco.

Em Tondela, o futebol regressou numa tarde de sol, mas o futebol praticado em campo foi quase sempre um tanto ou quanto nublado, de ideias, de táticas, de organização. Não necessariamente mal disputado, mas sem grande encanto.

Duas equipas aguerridas, na procura do golo, nem sempre da forma mais regrada, mas aqui e ali com a eficácia desejada.

Começou melhor o Tondela, criando mais perigo junto à baliza de Koffi. António Xavier tirou as medidas à baliza mas o remate, o primeiro do jogo, serviu apenas para acordar um pouco as bancadas.

O Belenenses, recém-eliminado da Taça de Portugal, entrou algo perdido em campo, mas aos poucos foi capaz de levar a água ao seu moinho, ainda que fosse o Tondela a melhor equipa em campo, sobretudo ao longo do primeiro tempo.

Robinho, perto dos 20 minutos, teve a primeira de duas oportunidades de perigo dos azuis no primeiro tempo, mas o remate passou ao lado. A outra foi de Cassierra, aos 39’, com Cláudio Ramos a brilhar, negando o golo do Belenenses perto do intervalo.

Licá surpreendeu Tondela

Depois de uma primeira parte algo apagada, o Belenenses entrou bastante melhor no segundo tempo e mostrou-se desde cedo com uma atitude renovada, mais incisivo no ataque, a tentar explorar o espaço concedido pelos centrais tondelenses. Pedro Ribeiro colocou André Santos para o recomeço e mal sabia o técnico dos azuis que a substituição iria surtir efeitos imediatos.

Aos 49 minutos, o antigo jogador do Sporting cruzou e encontrou Licá ao segundo poste. O ex-FC Porto, solto de marcação, só teve de encostar, num lance que foi em seguida revisto e confirmado pelo VAR.

Para quem viu a primeira parte, o golo teve efeito surpresa, mas o Belenenses materializou a melhor entrada em jogo e foi capaz de fazer o que ainda não tinha feito.

O Tondela despertou com o golo sofrido e Natxo González muniu a equipa de unidades mais atacantes, no sentido de criar mais oportunidades lá na frente. Os beirões melhoraram sem sombra de dúvida e por duas ou três vezes que criaram sensação de golo nas bancadas. A mais flagrante surgiu aos 69 minutos, por intermédio de Denilson. No minuto anterior o avançado falhara um cabeceamento em zona privilegiada e, no lance seguinte, conseguiu acertar no poste quando as bancadas já gritavam golo.

Os minutos finais trouxeram um jogo mais partido, como já era de prever, com oportunidades para ambas as equipas, mas bem mais perigosas as do Belenenses, que soube explorar muito bem o espaço concedido por um Tondela com a carne toda no assador.

Até ao final tudo inalterado. Uma vitória da eficácia acima de tudo.

O Belenenses arrancou um triunfo sofrido e regressou ao verde depois de dois desaires consecutivos, repetindo também o resultado da última deslocação ao João Cardoso.

Já o Tondela voltou a desiludir em casa, eles que tinham conseguido vencer o Sporting no último jogo caseiro. Os homens de Natxo González saíram debaixo de um coro de assobios.

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