Famalicão-Sporting, 3-1 (crónica) - TVI

Famalicão-Sporting, 3-1 (crónica)

  • Nuno Dantas
  • 3 mar 2020, 21:55

Sporting perde na despedida de Silas do comando técnico dos leões

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Jorge Silas despede-se do Sporting com uma derrota. Os leões falharam a aproximação ao 3.º lugar, ocupado pelo SC Braga, comandado pelo próximo treinador da formação sportinguista, Rúben Amorim, ao perder em Famalicão. Os famalicenses marcaram nas duas primeiras vezes que remataram à baliza contrária e aumentaram a instabilidade da turma de Alvalade. Depois de Coates reduzir, a turma minhota soube aguentar o resultado e matar o jogo em contra-ataque, numa exibição de luxo de Diogo Gonçalves.  

Depois da eliminação traumática na Liga Europa, depois de desperdiçar uma vantagem de dois golos, queria dar continuidade à boa sequência que vinha tendo no campeonato - vitórias sobre o Portimonense (2-1) e Boavista (2-0) em casa, com um empate, pelo meio, em Vila do Conde (1-1). Já os de Famalicão já não se devem lembrar do sabor da vitória. Nos últimos seis jogos, acumulou três empates e outras tantas derrotas e ainda foi eliminado da Taça de Portugal.

João Pedro Sousa trocou as voltas aos leões. Sem o castigado Gustavo Assunção, um dos jogadores mais influentes do Famalicão, o técnico famalicense passou do habitual 4x3x3 para um 4x2x3x1. Racic e Pedro Gonçalves jogaram a par no miolo de terreno, com uma linha de três à frente - Diogo Gonçalves, Fábio Martins e Walterson – e Toni Martinez solto na frente.

Com uma eficácia a 100 por cento, a formação minhota antes dos dez minutos já vencia por 2-0. Dois remates, dois golos. O leão começou a ficar assustado com um remate sem preparação, de fora da área, de Racic, que só parou no fundo das redes. Três minutos depois, Diogo Gonçalves entrou na área pela direita e rematou cruzado para o segundo, deixando a turma de Alvalade atónita com tamanha eficácia.

O Sporting ficou sem reação, demorou muito tempo a acertar as marcações e a colocar em campo o seu futebol. Não pressionava alto e ficava na expetativa à espera do adversário. Pelo meio, foi permitindo contra-ataques perigosos, quase todos protagonizados por Diogo Gonçalves, que aproveitava da melhor forma a subida de Marcos Acuña. Aos poucos, os sportinguistas foram-se acercando da baliza de Vaná criaram algumas oportunidades, mas só marcaram uma.

Foi em cima do descanso que, após livre batido para a área famalicense, Coates saltou mais do que todos e colocou o esférico na gaveta. Belo golpe do central a abrir boas perspetivas para o segundo tempo e a castigar o encolhimento dos locais que, aos poucos, foram recuando e dando a iniciativa aos leões.

Na segunda metade, o Sporting entrou melhor, pressionado alto, não deixando os famalicenses construir jogo. Em posse, os leões circulavam o esférico com rapidez, ao contrário do que fizeram no primeiro tempo. Vietto teve nos pés o empate, mas falhou de forma escandalosa quando estava solto na pequena área.

Depois, veio ao de cima a velha máxima do futebol de quem não marca, sofre. Foi isso que aconteceu. Diogo Gonçalves, em mais uma das suas arrancadas, bisou na partida e deitou por terra as aspirações da formação sportinguista. Num rápido contra-ataque, o extremo sentou Luís Neto e rematou para o terceiro golo.

Os leões acusaram o golo e perderam a intensidade que vinham a meter no jogo. Silas, que sai do Sporting somando 17 triunfo, um empate e 10 derrotas, tentou mexer na equipa, mas já era tarde. A equipa voltou a ficar sem reação e rendida ao resultado. O Famalicão, oito jogos depois, voltou a vencer.

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