Estoril-Sporting, 2-0 (crónica) - TVI

Estoril-Sporting, 2-0 (crónica)

Estoril-Sporting (Lusa)

E tudo o vento levou

E tudo o vento levou: a invencibilidade e a liderança do Sporting na Liga.

O Estoril foi mais feliz este domingo, soube beneficiar das condições climatéricas, e venceu o Sporting por 2-0 em jogo da 21.ª jornada. Resultado construído na primeira metade do jogo com golos de Kyriakou e Ewandro.

O Sporting é assim terceiro na tabela, em igualdade pontual com o Benfica, e o FC Porto é líder isolado com mais dois pontos e menos um jogo do que os rivais de Lisboa. Por sua vez, o Estoril subiu ao 15.º lugar da tabela e saiu dos lugares de despromoção.

FICHA DE JOGO E AO MINUTO

Órfão de Bas Dost e Gelson Martins, Jorge Jesus apostou em Doumbia e colocou Bruno César no onze na vez de Rúben Ribeiro. Também voltou a apostar em Piccini, que no último jogo tinha dado lugar a Ristovski.

Já Ivo Vieira não mexeu e colocou de início os mesmos 11 jogadores com que entrou em campo frente ao Tondela.

Quando se ganha, para quê mudar? Jesus é que foi forçado a fazê-lo por causa da lesão do avançado holandês e, sem tempo para experimentar - porque joga de três em três dias -, apostou no óbvio.

Estoril de rajada, 2-0 ao intervalo

O passado-recente e os argumentos de ambas as equipas colocavam o Sporting como favorito neste jogo, mas o Estoril apareceu com vontade de continuar a melhorar e não vendeu fácil a vitória, lutando por ela e conseguindo-a.

Ivo Vieira tinha avisado.

Motivada pelo triunfo na última ronda e a jogar a favor do vento a equipa canarinha foi chegando à área do Sporting e ganhando uma sequência de cantos. E foi assim que começou a construir o triunfo, já depois de Acuña ter posto Renan à prova. Canto na esquerda, Coentrão tirou na linha junto ao segundo poste, mas em queda já não conseguiu evitar o golo de Kyriakou.

1-0, mais de uma hora para jogar e tudo em aberto, mas não demorou a perceber-se que afinal não estava.

Nem cinco minutos depois, numa jogada rápida, Aílton desmarcou Ewandro e o extremo fez o 2-0. A defesa do Sporting não se fez ao lance, reclamando fora de jogo, e Rui Patrício não foi capaz de evitar: tentou a mancha, mas Ewandro ainda ganhou a bola e atirou à baliza.

O lance teve a ajuda do VAR porque o assistente assinalou fora de jogo, mas Manuel Mota preferiu não apitar logo e esperar pelo recurso das imagens.

Com 15 minutos ainda para jogar na primeira metade, viu-se um Sporting descontrolado: a perder por 2-0, a jogar contra o vento e a falhar muito. Bruno César ainda teve a oportunidade de reduzir, mas falhou escandalosamente.

Atrás do prejuízo, sem sucesso

Na segunda parte, o Sporting contou com a ajuda do vento como o Estoril contou na primeira, e Jesus apostou logo em Fredy Montero, abdicando de Battgalia, e logo depois fez entrar Rúben Ribeiro para o lugar de Bruno César, à procura de mexer com o jogo e também com o resultado.

Notou-se algum efeito, mas o prejuízo já era elevado e tinha abalado a equipa leonina que jogou 45 minutos sob a pressão de voltar ao primeiro lugar.

O Estoril soube segurar a vantagem - que Rui Patrício não deixou aumentar - e o Sporting soube chegar à área e também ameaçar muito, mas não conseguiu nem empatar nem dar a volta ao marcador. Quando esteve mais perto de marcar Halliche e Aílton negaram os golos a Montero e Acuña e a oportunidade de os leões relançarem o jogo.

Mathieu, nos últimos dez minutos ainda tentou voltar a ser herói em duas ocasiões - como o foi frente ao Vitoria Guimarães -, mas não teve sucesso.

Foi noite «não» para o leão. 

Para além do vento, a defesa falhou - como não é habitual - e o cinismo de outros jogos não apareceu. Descontrolo total e também mérito de um Estoril que já tinha encostado o FC Porto (e que vence ao intervalo o jogo suspenso).

 

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