Santa Clara-Sporting, 1-2 (crónica) - TVI

Santa Clara-Sporting, 1-2 (crónica)

  • Luísa Couto
  • 4 nov 2018, 20:58

Com nova cara e contra ventos

Depois da tempestade a meio da semana com a saída de José Peseiro, o Sporting arrancou, contra o vento, um triunfo suado nos Açores frente ao Santa Clara.

Sob o comando do interino Tiago Fernandes, os leões estiveram a perder, mas viraram o jogo na segunda parte diante da equipa sensação da Liga que começou a capitular após a expulsão de Patrick, logo a seguir ao penálti convertido por Bas Dost, que regressou aos golos três meses e meio depois.

Precisamente uma semana depois de José Peseiro ter afirmado que o 4X4X2 ainda não estava suficientemente maturado para se tornar plano A, Tiago Fernandes colocou a equipa a jogar neste figurino. O ganês Lumor foi titular no lado esquerdo da defesa e Acuña regressou à zona de confonrto, tendo assumido papel decisivo na conquista dos três pontos.

FILME E FICHA DE JOGO

Apesar de uma primeira parte em que sempre jogou a favor do vento, o Sporting não conseguiu ser eficaz nos lances aéreos. A primeira ameaça (e mais perigosa) saiu dos pés de Bruno Fernandes, aos seis minutos, mas o guardião das redes açorianas saltou e sacudiu o esférico por cima. A equipa de Alvalade tentava adaptar-se às condições atmosféricas adversas mas também e ao novo esquema tático. A frente ofensiva dos leões pressionava mas apresentava dificuldades em romper a defensiva do Santa Clara. Foi uma primeira meia hora de jogo sem grandes emoções, com as duas equipas a fazerem por não cometer erros, mas com muitas faltas cometidas e três cartões amarelos mostrados pelo árbitro Manuel Mota.

Pouco depois de uma lesão aparentemente grave de Battaglia, que levou à entrada prematura de Gudelj, o Santa Clara adiantou-se no marcador. Zé Manuel, assistido por Osama Rashid, rematou de primeira, garantindo a vantagem aos açorianos aos 32 minutos.

O Sporting tentou reagir mas sem eficácia. A única ocasião de golo dos leões chegou por Bas Dost, aos 42 minutos. Na sequência de um canto, o holandês rematou ao lado.

No regresso do intervalo, Pineda, com um remate perigoso, dava a ideia de que a equipa açoriana poderia aproveitar a direção favorável do vento.

Foi, no entanto, o Sporting a chegar mais perto da área dos açorianos. A equipa de arbitragem entendeu que Fábio Cardoso fez falta sobre Bast Dost dentro da área e o holandês não desperdiçou da marca dos onze metros. O golo gerou contestação nas bancadas do Estádio de São Miguel mas também entre os jogadores. Patrick foi longe demais nos protestos e viu a cartolina vermelha, precipitando a queda do conjunto orientado por João Henriques.

Em inferioridade numérica, os encarnados de Ponta Delgada abdicaram do ataque deliberado e nos lances bola corrida tornou-se uma missão quase impossível impossível chegar à baliza dos leões.

Jovane, que entrou no arranque do segundo tempo, ameaçou várias vezes e assistiu mesmo Acuña para o golo da reviravolta aos 75 minutos.

A chuva deu tréguas e também pareceu ter diminuído a intensidade da tempestade que os açorianos causaram ao Sporting na primeira parte. A jogar mais com o coração do que com a cabeça, os jogadores do Santa Clara desorganizaram-se na construção de jogo cada vez que se aproximavam da área dos leões. Pelo contrário, o Sporting fazia por capitalizar a vantagem, mostrando intenções de a ampliar. No cair do pano da partida, Jovane voltou a testar Marco, mas o guarda-redes açoriano travou-lhe o disparo. Já do lado da ofensiva insular, houve renascimento nos minutos finais, mas o mais próximo de golo que se viu nos últimos minutos foi um remate de Rashid, mas ao lado.

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