Moreirense-Sp. Braga, 1-0 (crónica) - TVI

Moreirense-Sp. Braga, 1-0 (crónica)

  • Bruno José Ferreira
  • Parque de Jogos Comendador Joaquim de Almeida Freitas, em Moreira de Cónegos
  • 6 abr 2019, 22:25

Equipa «sensação» entra na história

Ainda há espaço para a «sensação» da Liga escrever mais páginas históricas. A seis jornadas do final do campeonato este Moreirense já é o melhor de sempre entre os grandes do futebol português, atingindo os 48 pontos. Marca nunca antes alcançada pelo conjunto da vila vimaranense. Desiderato alcançado com o triunfo personalizado (1-0) sobre o Sp. Braga.

A vitória foi alcançada à boleia de um erro grosseiro de Tiago Sá (aproveitado por Ivanildo), mas resulta de uma prestação que atingiu os píncaros da organização e da rebeldia. Sim, este Moreirense é rebelde, tem noção das suas limitações, mas não tem receio de ser audaz e, enfim, de ser feliz.

Manietou o Sp. Braga praticamente não permitindo lances de perigo ao conjunto de Abel Ferreira e na segunda parte traçou vários contragolpes perigosos que ameaçaram um resultado mais consistente a justificar a conquista dos três pontos.

Guerreiros manietados mas mais perigosos

O encontro em Moreira de Cónegos, num dérbi minhoto de menor expressão, começou com características de duelo xadrez. Pensado palmo a palmo, com muita luta territorial e cada peça a movimentar-se de forma cirúrgica na luta pela posse de bola numa luta que foi intensa essencialmente a meio campo.

Surpresa maior desta edição do campeonato, o Moreirense manietou um Sp. Braga a quem faltaram «rotas de ataque», como Abel gosta de enunciar. Mérito do Moreirense pela forma como se organizou para travar espaço de progressão ao adversário, espreitando depois ataques rápidos.

Ainda assim, a equipa arsenalista foi a mais perigosa na primeira metade. Entre as bolas potencialmente perigosas que rondaram as duas áreas, o Braga criou dois lances de maior perigo culminados em remate.

Primeiro foi Paulinho a rematar de primeira à queima-roupa na cara de Trigueira, vendo o guarda-redes do Moreirense fazer uma defesa quase que milagrosa a suster o empate. Pouco depois, a instantes do intervalo, Murilo introduziu mesmo a bola no fundo das redes, mas a bola no fundo das redes mas foi sancionado fora de jogo a Horta no início da jogada

Organização ganhou objetividade

Foi mais perigosa a equipa bracarense na primeira metade, mas fruto de lances algo fortuitos frente a um Moreirense extremamente competente e organizado. Essa organização ganhou objetividade e acutilância após o intervalo e com esse maior ímpeto os pupilos de Ivo Vieira partiram para o triunfo.

Entrou bem o Moreirense após o intervalo e logo no segundo minuto chegou ao golo. Demérito, muito demérito de Tiago Sá a largar uma bola aparentemente inofensiva para permitir que Ivanildo se estreasse a marcar no principal escalão do futebol português, um golo que, de resto, valeu os três pontos e a tal entrada para a história do emblema cónego.

Abel arriscou tudo, quase de imediato lançou Dyego Sousa e Xadas, mas sem efeitos práticos. Pertenceram ao Moreirense as melhores oportunidades, quase sempre em contragolpe e aproveitando o adiantar do Sp. Braga no terreno.

Sem poder de fogo, o Sp. Braga ficou em branco, não consegue agarrar o pódio, ainda que à condição, e deixa o terceiro lugar à mercê para o Sporting consolidar. Quanto aos Cónegos, agarram-se ao quinto lugar, são donos e senhores desse posto e espreitam a Europa, caso a burocracia o permita.

Continue a ler esta notícia