Sporting-Belenenses, 1-3 (crónica) - TVI

Sporting-Belenenses, 1-3 (crónica)

Sporting-Belenenses (Lusa)

Acordar cedo para quebrar um «jejum» de 62 anos

62 anos depois, o Belenenses voltou a vencer no reduto do Sporting. A equipa do Restelo acordou cedo para, num dérbi matinal, quebrar um longo «jejum». Não só de vitórias no reduto leonino, mas também a encerrar um ciclo de sete derrotas consecutivas.

O Sporting teve um lento despertar, acusando as ausências, mas até esteve em vantagem. Com três golos sofridos de bola parada a formação leonina acabou por fechar a série de onze jogos sem perder e deixou o relvado debaixo de um coro de assobios.

Se o adeus ao título era uma formalidade, o virtual afastamento do segundo lugar choca com a expectativa criada em torno deste jogo, ainda mais depois do empate do FC Porto na Madeira.

Famílias inteiras rumaram cedo a Alvalade, onde as roulotes serviram bifanas e imperial para o pequeno-almoço. Um cenário atípico mas propício para um belo espetáculo…que não se confirmou.

A primeira parte foi particularmente pobre, com apenas quatro remates dignos desse nome. Dois para o Belenenses, ambos por Vítor Gomes (10 e 31m), e dois para o Sporting. O primeiro apenas aos 27 minutos, com Adrien a atirar ao lado (27m), e o outro já em período de descontos, num cabeceamento de Coates por cima.

Embora instalado no meio-campo contrário, o Sporting jogou a um ritmo lento, apresentando evidentes dificuldades para ligar o jogo pelo corredor central. E sem Gelson (ou mesmo Podence), não conseguiu também contornar a muralha defensiva do Belenenses, algo adiantada no terreno para afastar Bas Dost da área.

Só ao minuto 51 é que o Sporting despertou, ao bater no ferro. Um cruzamento de Bryan Ruiz “pingou” na trave de Ventura e a perspicácia fez a diferença depois.

Mais despertos, os adeptos leoninos viram depois Matheus desperdiçar uma boa oportunidade (53m), antes de cometer a grande penalidade que deu o empate ao Belenenses. A conversão ficou a cargo de Abel Camará, que festejou efusivamente o tento, depois de mais uma semana marcada pela relação difícil com alguns adeptos do Belenenses. Mais tarde o avançado anunciou que este tinha sido o último jogo pelo clube.

Jesus lançou logo Joel Campbell e Castaignos (e mais tarde Chico Geraldes), mas não foi feliz nas substituições. Ou pelo menos não foi tão feliz quanto Domingos. A avaliar pelo falhanço de Castaignos (80m), mas sobretudo pelo efeito das entradas de Maurides e Benny.

Dos pés do médio português de apenas 20 anos saíram os dois livres que deram a vitória ao Belenenses, um deles com assistência de Maurides. Os centrais Dinis Almeida (83m) e Gonçalo Silva (87m) foram ao ataque quebrar o ciclo negativo do Belenenses. De regresso a Alvalade, Domingos Paciência festejou a primeira vitória como técnico do Belenenses.

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