Marítimo e Santa Clara empataram este sábado nos Barreiros (2-2), numa partida que ofereceu quatro golos mas poucos momentos de futebol, além de muitas intervenções com recurso ao VAR.
A equipa de José Gomes, que veio a revelar-se muito assertivo nas transições rápidas no primeiro tempo, precisou apenas de quatro minutos para colocar-se em vantagem, na sequência de uma grande penalidade convertida por Daizen Maeda, a punir falta de João Afonso sobre Marcelinho.
Os madeirenses estiveram perto do segundo, aos 11 minutos, mas o internacional japonês atirou à figura de Marco. O jogo arrancou com intensidade, mas esta acabou por revelar-se efémera. Marítimo e Santa Clara dividiram-se depois numa luta inconsequente pela posse de bola, com ambos os lados a errarem muitos passes e revelar poucas ideias de jogo.
Até ao golo dos açorianos, os verde-rubros estiveram muito perto de ampliar a vantagem em duas ocasiões, mas Erivaldo, aos 32, e Maeda, cinco minutos depois, revelaram pouco discernimento na hora de finalizar em plena grande área.
A ineficácia madeirense acabou por ser castigada aos 40, com João Afonso a restabelecer a igualdade, num cabeceamento sem hipóteses para Amir, na sequência de um pontapé de canto batido desde a direita.
O central do Santa Clara redimiu-se do penálti madrugador e também assinou o primeiro tiro enquadrado com baliza do Marítimo. O 1-1 esteve para ser desfeito ainda antes do descanso, mas a grande penalidade assinalada por André Narciso por derrube de Amir sobre Carlos Júnior foi revertida após o VAR ter indicado que o lance havia sido precedido de fora de jogo.
A equipa de João Henriques ganhou confiança e veio a confirmar o ascendente evidenciado na reta final da primeira parte com com 2-1, assinado por Ukra, aos 61, a passe de Carlos Júnior, numa jogada muito bem desenhada pelo lado direito.
Os açorianos festejaram pouco depois novo golo, por intermédio de Thiago Santana, mas o árbitro André Narciso, após ouvir as indicações do VAR, invalidou o tento fora de jogo do avançado.
A desvantagem mínima deu força ao Marítimo para empurrar o Santa Clara para o seu meio campo defensivo, mas o jogo dos madeirenses, já com Getterson e Nequecaur a reforçar a linha ofensiva, pautou-se por um ‘chuveirinho’ que facilmente foi controlado pelos defesas açorianos.
Já quando se perspectivava a primeira vitória dos açorianos no Caldeirão, uma bomba de Rúben Ferreira, no último minuto dos sete de descontos concedidos pela equipa de arbitragem, impôs o empate, embora com o contributo das costas de Marco, onde esférico foi desviado para dentro da baliza após ser devolvida pelo poste direito.