Sporting-Rio Ave, 0-0 (destaques) - TVI

Sporting-Rio Ave, 0-0 (destaques)

Sporting-Rio Ave (Lusa)

Leão perdulário não encontrou antídoto para bater um Cássio à prova de bala

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A FIGURA: Cássio. À prova de tudo

se o Rio Ave foi para o intervalo com a baliza a zeros, bem pode agradecê-lo ao guardião brasileiro. Ao minuto 12 evitou o golo a Bryan Ruiz e voltou a ser decisivo aos 26’ e 27 minutos, primeiro a remate de Adrien e depois a um cabeceamento de Teo Gutiérrez. Aos 37’ voltou a opor-se de forma soberba a um remate de João Mário. Atento nos cruzamentos, evitou que muitas bolas chegassem aos destinatários na área. Voltou a ser determinante nos momentos de maior aperto, demonstrando uma segurança enorme!

 

POSITIVO: organização do Rio Ave

A equipa de Pedro Martins foi a Alvalade com a lição bem estudada. Não atacou muitas vezes, mas pôs várias vezes em sentido a equipa leonina, beneficiando até de algumas boas ocasiões para marcar. Autocarro? Só após os 60 minutos, quando o Sporting chegou a ter apenas Patrício no seu meio-campo defensivo.

 

NEGATIVO: intranquilidade precoce do Sporting

Pela segunda vez nos últimos três jogos, os leões cederam pontos em Alvalade e deixaram-se apanhar pelo Benfica na liderança do campeonato. A equipa de Jorge Jesus foi muito perdulária, sim, mas pecou essencialmente pelo desespero evidenciado principalmente a partir da hora de jogo, altura em que começou a faltar muito critério na construção ofensiva e os passes falhados começaram a suceder-se. O Sporting acabou por pagar por isso.

 

Leia a CRÓNICA do Sporting-Rio Ave: primeiro nulo em Alvalade custou liderança

 

OUTROS DESTAQUES

 

RUI PATRÍCIO: o Rio Ave atacou pouco mas quase sempre pela certa e a aproveitar os vários erros que a equipa de Jorge Jesus cometeu na primeira zona de construção. Com isso, Rui Patrício foi posto várias vezes à prova, revelando-se um pronto-socorro de utilidade extrema. Aos 25’ evitou o golo a Kayembe com uma mancha notável e já perto do intervalo desviou para canto um remate difícil de Tarantini. Gigante na forma como travou um cabeceamento com selo de golo a Kayembe no início da segunda parte.

ADRIEN: incansável, fez das tripas coração para acabar em beleza o dia em que renovou contrato até 2020. Impressiona a forma como cobre tantas zonas do terreno, quase como se fosse omnipresente. Para um médio centro, aparece muitas vezes em zona de golo e foi assim que podia ter marcado, por exemplo, aos 27 minutos e já nos instantes finais. Sacrificou-se muito quando os leões já só viam a baliza contrária à frente, ao ajudar a estabilizar a equipa que várias vezes pareceu partida.

JOÃO PEREIRA: anulou com eficácia o estreante Kuca e envolveu-se bem nos processos ofensivos, com boas combinações ora com João Mário, ora com Slimani quando o argelino abria na direita. Aos 58’ ofereceu-lhe o golo (com lacinho e tudo) mas o goleador do Sporting falhou o alvo.

SEBASTIÁN COATES: o reforço de inverno deverá ter chegado para ficar. Esta segunda-feira estreou-se pelos leões e até relegou Paulo Oliveira para o lado esquerdo do eixo da defesa. Fortíssimo no jogo aéreo, não fez uma exibição imaculada mas deu para perceber por que razão Jorge Jesus o quis como reforço. Aventurou-se várias vezes a sair a jogar.

SLIMANI: esteve em noite «não» naquilo que melhor sabe fazer (marcar golos) mas nunca virou a cara à luta. Muito lutador, nunca desistiu de um lance.

KAYEMBE: participou na maior parte dos calafrios que o Rio Ave foi provocando ao sector mais recuado dos leões. Apesar de partir da direita, apareceu várias vezes em terrenos frontais, como ao 25’ quando se isolou na cara de Patrício. Já perto do apito para o final da primeira parte serviu Tarantini, que rematou para mais defesa atenta de Patrício. Nos primeiros minutos da primeira parte, aproveitou a ausência de Paulo Oliveira (tinha acabado de sair por lesão) para cabecear com muito perigo. Jogo muito positivo do extremo cedido pelo FC Porto

RODERICK: perdeu alguns duelos aéreos mas esteve sempre muito atento às movimentações de Slimani e, na segunda parte, de Barcos. Partida muito interessante a mostrar que está de regresso ao mais alto nível após um longo calvário.

TARANTINI: muito competente nas tarefas defensivas, ajudou a dar critério aos vilacondenses nas saídas para o ataque, nas quais evitaram muitas vezes o pontapé para a frente. Voz de comando, é um dos elementos mais importantes para a estabilidade emocional da equipa de Pedro Martins.

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