Sp. Braga-Gil Vicente, 2-2 (crónica) - TVI

Sp. Braga-Gil Vicente, 2-2 (crónica)

Sp. Braga-Gil Vicente

Galo acordou a tempo de partir pedra

Foi o Gil Vicente a impor a primeira perda de pontos ao Sp. Braga da era Rúben Amorim. O galo apresentou-se frouxo na pedreira, como que ensonado e ficou à mercê dos guerreiros. Acordaram na segunda parte, quando estavam a perder por duas bolas a zero e com mais uma unidade em campo, conseguindo ainda agarrar um ponto (2-2). Vítor Carvalho estreou-se a partir do banco e marcou os dois golos do Gil.

Cinco anos depois os gilistas voltaram à pedreira e depois de entrar a dormir o galo ainda acordou a tempo de partir pedra, conseguindo um empate que a meio da primeira parte seria difícil de imaginar. Para isso em muito contribuiu a expulsão de Bruno Viana antes do intervalo, obrigando o Sp. Braga a jogar praticamente toda a segunda metade em inferioridade numérica.

Demasiado tenro, o Gil Vicente entrou em campo desgarrado e sem nervo, parecendo uma equipa perdida em campo. Foi, nessa fase do jogo, uma presa fácil para uns guerreiros que vinham a desfeitear sem dó nem piedade quem lhes aparecia pela frente.

A equipa de Barcelos até entrou compacta, com as linhas unidas para dificultar a penetração do Sp. Braga no seu setor mais recuado, mas tal estratégia ruiu logo aos doze minutos. Paulinho receou o remate perante a mancha de Denis, mas atrasou para Ricardo Horta. Perante uma selva de pernas adversárias o médio atirou pelo buraco da agulha para o fundo das redes.

Tremeu o Gil Vicente, perdeu o norte, e viu um Sp. Braga tranquilo no jogo invadir vezes sem conta a área com uma facilidade tremenda. Mérito para o Sp. Braga, obviamente, mas também muito demérito para um conjunto barcelense desconcentrado, encolhido e com falta do tal nervo já referido. Uma equipa perdida em campo.

Sem espanto, apenas dez minutos depois do primeiro o Sp. Braga ampliou a vantagem. Cruzamento de Sequeira, é feito o corte no coração da área gilista para o segundo poste, onde aparece Esgaio a marcar um grande golo. Matou no peito e rematou sem deixar cair o esférico. Golo de bandeira.

Face ao figurino do jogo, poucas dúvidas passaram a restar quando apenas estava decorrido um quarto do tempo de jogo. Mesmo sem impor um ritmo elevado o Sp. Braga ia tendo competência suficiente para por em sentido um galo envergonhado.

Contudo, uma má abordagem de Bruno Viana condicionou tudo. O defesa rececionou mal o esférico e deixou que Naidji se isolasse a instantes do intervalo, tendo depois de travar o jogador do Gil Vicente em falta à entrada da área. Vermelho direto para o brasileiro, alterando os dados do jogo. Em superioridade numérica, o Gil Vicente cresceu na segunda parte e demonstrou outra atitude. Acreditou que era possível fazer mais do que o que estava a ser feito e foi para cima de um Sp. Braga que acusou o toque da expulsão.

Saído do banco de suplentes, Vítor Carvalho relançou o jogo ao minuto 65. Golo construído por jogadores lançados por Vítor Oliveira do banco. Remate forte de Samuel Lino que Matheus defende para a frente, aparecendo Vítor Carvalho a encostar para golo.

O jogo ficou aberto. Esgotado fisicamente, o Sp. Braga não conseguiu sair com critério para o ataque e levou com um Gil Vicente motivado. A instantes do apito final Vítor Carvalho bisou na partida em novo golo fabricado por suplentes. Jogada de Lourency, pela direita, a servir Vítor Carvalho para o segundo.

Empate no dérbi do Minho. Após oito vitórias consecutivas o Sp. Braga volta a ceder em casa. Regresso aos triunfos por parte dos barcelenses, que não venciam fora há mais de três meses.

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