* por Rui Pedro Paiva
A Figura: Pizzi
Apesar da exibição apática dos ‘encarnados’, Pizzi, mesmo longe das noites de gala, foi decisivo. Sempre inconformado, acabou por ser decisivo no jogo: primeiro na assistência a Carlos Vinicius, depois, ele próprio a marcar. Acabou por ser fundamental na vitória encarnada.
O Momento: minuto 78
O momento que decidiu o jogo. Aos 78 minutos, Pizzi, servido por Seferovic, bateu Marco e deu os três pontos aos encarnados que, assim, se mantêm em primeiro lugar. Um lance que vale uma vitória, apesar de uma exibição muito apática dos campeões nacionais.
Outros destaques:
Nené
João Henriques deu uma oportunidade no onze inicial ao único jogador açoriano do plantel do Santa Clara e Nené não a desperdiçou. Encheu o meio-campo e deu agressividade à equipa do Santa Clara. Bastante rigoroso a preencher os espaços e a lançar a equipa para o ataque. Num jogo onde não despontaram grandes individualidade, o médio natural da ilha da Graciosa, foi o símbolo da atuação da sua equipa: sempre rigoroso taticamente e a demonstrar grande solidariedade.
Gabriel
Gabriel esteve francamente desinspirado. Raramente acertou uma, fazendo uma série de passos errados. Longe da qualidade exibicional de outros tempos.
Vinicius
Pareceu determinado a provar que merece a titularidade. Começou no banco, e na segunda parte, marcou o golo e assistiu Pizzi para o segundo. Num jogo apático dos jogadores encarnados, Vinicius entrou bem, e esteve nos dois golos que garantiram a vitória encarnada.
Moldura humana
O estádio de São Miguel tem capacidade para cerca de 13 mil pessoas, mas devido a razões de segurança, a lotação está limitada a 10 mil espetadores. Numa arena onde a assistência costuma a rondar as duas mil pessoas, hoje, para a receção ao Benfica, o estádio teve lotação esgotada. Para mais, com o jogo a começar ainda com a luz do dia, o ambiente foi de festa, quer dentro, quer fora do estádio. Apesar da grande moldura humana, não deixa de ser pertinente verificar que a casa do Santa Clara se tornou num míni ‘estádio da Luz’. Um cenário que acontece em grande parte das deslocações das equipas grandes e que é reveladora da hegemonia dos clubes grandes entre as preferências dos adeptos de futebol em Portugal.