Feirense-Sporting, 1-3 (crónica) - TVI

Feirense-Sporting, 1-3 (crónica)

Feirense-Sporting

Bruno, o 'chuta-chuta' da Maia, não se apieda com as maleitas dos outros

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Bruno Fernandes. 

A primeira linha é só para ele. É um gesto simbólico, a pensar na magistratura de influência que exerce sobre todo o organismo do Sporting. Na Feira fez o segundo e terceiro golos leoninos, um de cabeça e outro na execução perfeita de um livre direto. É um corpo celestial na galáxia que Marcel Keizer quer criar.

Bruno Fernandes, sim senhor, mas só na segunda parte. Ou, se preferirem, só depois do autogolo de Briseño em cima do tempo de intervalo. 

Esse foi o momento definidor da vitória do Sporting em casa do último da Liga. Até aí, aos 44 minutos, os homens agora de Filipe Martins estavam a ser melhores em tudo. E até já tinham introduzido a bola na baliza de Renan Ribeiro. 

FICHA DE JOGO E AO MINUTO DO FEIRENSE-SPORTING

Nesse instante, o árbitro terá considerado falta de Marco Soares sobre Renan Ribeiro. A alegada obstrução - muito duvidosa - foi confirmada após indicação do VAR e visionamento das imagens por parte do árbitro Manuel Mota. 

O Feirense, dizíamos, mandava no jogo e encurralava o Sporting com livres e cantos, quase sempre mal defendidos pelos leões. 

A equipa de Keizer, aliás, exibia uma falta de alma e de sangue dignos de uma figura fantasmagórica. Perdia os duelos, não era capaz de jogar em ataque organizado e, como dizíamos, sentia dificuldades comoventes nas bolas paradas. 

O golpe emocional em cima do intervalo, naquela infelicidade de Briseño, acabou por ser demasiado forte para o Feirense. Acamado no último lugar, já a seis pontos da linha de salvação, a equipa da casa teve uma convulsão que lhe abalou o sossego e o plano de jogo. 

DESTAQUES DO JOGO: Bruno, o tal dos «goodfellas»

No regresso dos balneários, nem um vislumbre daquele Feirense fogoso fomos capazes de identificar. Escalar a montanha passou a ser um exercício penoso, principalmente para um grupo a atravessar uma crise de saúde. Técnica e emocional.

Os dois golos de Bruno Fernandes mostraram, mais tarde, quem era o senhor da bola. E do jogo. O primeiro nasce num bom cruzamento de Diaby - muito discreto - e o segundo no talento que o internacional português tem para bater livres. Depois da Luz, a Feira.

É certo que o Feirense ainda reduziu, mas o belíssimo golo de Stivan Petkov simbolizou as melhoras que antecedem a morte. Que estava agendada para dali a 15 minutos, mais pulsação, menos pulsação.
 
Sobre a arbitragem, duas notas: Marco Soares podia ter visto o vermelho numa entrada muito feia sobre Bruno Fernandes no início e ficámos com muitas dúvidas no golo anulado ao Feirense.
  


 

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