Gil Vicente-FC Porto, 2-1 (crónica) - TVI

Gil Vicente-FC Porto, 2-1 (crónica)

  • Nuno Dantas
  • Estádio Municipal de Barcelos, Barcelos
  • 10 ago 2019, 21:12

FC Porto sem ideias perde em Barcelos na estreia do campeonato

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Há 18 anos que o FC Porto não perdia na estreia do campeonato! O Gil Vicente, de regresso à I Liga, foi o carrasco dos dragões ao vencer por 2-1. A equipa de Sérgio Conceição apresentou-se em Barcelos sem ideias, com um futebol previsível e sem o melhor elemento do meio campo portista: Danilo. Saiu vergada com uma derrota frente a uma equipa completamente criada de raiz.

Os galos mostraram ser uma equipa bem organizada e comandada por um velho conhecedor do futebol português. Vítor Oliveira, na antevisão do encontro, havia dito que este FC Porto não seria muito diferente do da época anterior. E notou-se que os gilistas vinham com a lição bem estudada. Acabou por vencer a equipa que mais lutou para conquistar os três pontos e a que demonstrou isso em campo.

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As duas equipas chegavam a este encontro moralizadas por vitórias em competições diferentes. Os portistas foram venceram por 1-0 o Krasnodar, na Rússia, enquanto os gilistas venceram na Vila das Aves para a Taça da Liga, por 3-2. O FC Porto vence na estreia da Liga há seis épocas. A última vez que não venceu foi precisamente em Barcelos, em 2012/2013 (0-0).

Sérgio Conceição fez três alterações em relação ao jogo da Liga dos Campeões. Saíram Danilo Pereira, Romário Baró e Marega, para dar lugar a Bruno Costa, Otávio e Zé Luís, jogador formado em Barcelos. Já Vítor Oliveira fez duas mudanças. Deu a titularidade na baliza a Denis - que chegou apenas esta semana - e colocou Edwin na esquerda da defesa, fazendo subir Arthur.

Desde cedo que os portistas sentiram dificuldades em ultrapassar o meio campo barcelense e jogar entre linhas. A defender, os locais jogavam com uma linha de cinco homens no miolo do terreno. Os dragões jogavam quase sempre pelo lado direito, com incursões de Manafá, quase sempre inconsequentes. Ou então, tentavam fazer uma diagonal para a esquerda, quase sempre prevista pelos opositores.

Ainda assim, foram os azuis e brancos os primeiros a criar perigo. Tiquinho cruzou da esquerda e Zé Luís, na área, cabeceou rente ao poste. Aliás, foi do lado esquerdo que saiu novo lance de perigo. Desta feita, foi Corona o protagonista, mas o fim foi o mesmo: as malhas laterais da baliza de Denis. Os de Barcelos também responderam em dose dupla.

Sandro Lima ganhou nas alturas e cabeceou para fantástica defesa de Marchesín. Na recarga, Rodrigo remata para nova espetacular intervenção do guardião argentino. Estava dado o aviso e os portistas passaram a ser mais cautelosos e os galos mais afoitos. A fechar o primeiro tempo, Nuno Almeida marcou grande penalidade a favor do FC Porto, por falta de Alex Pinto sobre Sérgio Oliveira. Contudo, depois de consultar o VAR, anulou o lance.

As coisas não mudaram muito no segundo tempo. Continuou a haver um FC Porto sem ideias e um Gil Vicente bem organizado e cheio de vontade de vencer. Numa perda de bola portista, João Afonso subiu no terreno de jogo e isolou Lourency que rematou cruzado para o 1-0. A reação dos azuis e brancos foi muito tímida e atabalhoada. Ainda assim, acabou por chegar ao golo, de grande penalidade.

Na marca de 11 metros, o capitão Alex Telles não tremeu e fez o empate. Os adeptos portistas empolgaram-se e pediram o segundo. Porém, foram os barcelenses a chegar novamente ao golo, desta vez pelo búlgaro Kraev, a aproveitar uma desatenção da defesa azul e branca. Sérgio Conceição, que já havia lançado Marega e Luis Diaz, meteu em jogo o jovem Fábio Silva. Mesmo com os dragões balanceados no ataque, os barcelenses nunca abdicaram de ter dois homens na frente. Nem o ‘chuveirinho’ final salvou o FC Porto da derrota.

 

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