Nacional-Marítimo, 1-0 (crónica) - TVI

Nacional-Marítimo, 1-0 (crónica)

Nacional soma primeiros pontos em casa à custa do Marítimo

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O Nacional somou este sábado os primeiros pontos em casa, ao derrotar o arquirrival Marítimo. O dérbi madeirense de maior expressão nem sempre foi bem jogado, mas acabou por premiar a equipa que, durante a maior parte do tempo, arriscou mais para festejar a vitória.

A equipa de Costinha sorriu no fim, sob um festival de aplausos. Já a turma de Cláudio Braga voltou a sair de campo com os seus adeptos a acenar com lenços brancos. O Marítimo somou a quinta derrota consecutiva em jogos para a Liga e, pelo menos por agora, carrega uma enorme pressão sobre os ombros. 

Ambos os técnicos efetuaram alterações relativamente aos onzes que apresentaram na última ronda. O sistema hiper-defensivo que Cláudio Braga levou a jogo na receção ao FC Porto (derrota por 2-0) foi reduzido para moderado, pois apesar de ter regressado à formula de dois centrais manteve três médios com características de defensivas.

Já Costinha manteve-se fiel ao seu habitual 4x4x2 (que voltou a pontuar fora de casa, 3-3 em Rio Ave), mudando apenas algumas peças por opção.

Recorde o filme do jogo.

Zainadine, aos 7m, na sequência de um canto, cabeceou com algum perigo, protagonizando o primeiro lance de perigo da partida para os visitantes. Mas, na resposta, e num espaço de pouco mais de três minutos, o Nacional dispôs de três oportunidades claras de golo, embora com a ajuda de erros individuais da defesa e do meio campo do Marítimo. Na primeira, a mais flagrante de todas, Okacha Hamzaoui atirou por cima com a baliza escancarada, após defesa de recurso de Amir, que ficara fora do lance.

A pressão alta dos alvi-negros originava perdas de bola e passes falhados nos lances em zonas perigosas, mas também ficou mais ou menos patente que ao meio campo verde-rubro faltava criatividade, confiança e entrosamento.

Até à meia hora de jogo, o Nacional dominava completamente as operações, e só podia queixar-se da sua falta de pontaria para justificar por que razão não estava em vantagem no marcador.

Incapaz de construir, quer pelas razões atrás enunciadas, quer devido ao posicionamento tático do adversário, a equipa de Cláudio Braga apostava nas transições rápidas.

Mas com muito poucos efeitos práticos, uma vez que só aos 34m, conseguiu chegar ao último reduto nacionalista. Neste lance, Edgar Costa assinou, de cabeça, o primeiro remate enquadrado com a baliza de Daniel Guimarães, que correspondeu com uma excelente defesa para canto.

O intervalo chegou com o Marítimo mais acertado nas marcações defensivas, não permitindo grandes espaços ao ataque alvi-negro. Mas adivinhavam-se mudanças na equipa verde-rubra.

Pouco depois de Jota ter cobrado um livre direto à entrada da grande área, com algum perigo, aos 52m, Cláudio Braga refrescou o ataque, trocando Barrera por Ricardo Valente, e procurou introduzir criatividade com Correa no lugar do possante Fabrício.

Quando o Marítimo ainda tentava assimilar o reajustamento tático, o irrequieto Kalindi trespassou literalmente a defensiva visitante com um cruzamento em arco que foi correspondido com uma cabeçada triunfal de Camacho, que vindo de trás, não deu hipóteses a Amir.

Decorria do minuto 65, e ainda havia muito tempo para jogar. Mas cabia agora ao Marítimo arriscar mais. Edgar Costa, que atuou em terrenos recuados, cedeu o lugar ao ponta-de-lança Rodrigo Pinho. Mas o tudo ou nada dos verde-rubros, que apostaram em demasia num futebol muitas vezes direto para chegar ao empate, acabou quase sempre por ser travado pela defesa do Nacional, que esteve, desta vez, irrepreensível.

A equipa de Costinha limitou-se a refrescar a suas peças e a gerir um jogo que finalmente lhe correu de feição em casa.

 

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