Sp. Braga-Moreirense, 3-1 (crónica) - TVI

Sp. Braga-Moreirense, 3-1 (crónica)

Guerreiros de pontaria afinada

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Entrada com o pé direito por parte do Sp. Braga na Liga. Depois do triunfo europeu na Dinamarca, Sá Pinto estreou-se em casa com um triunfo seguro sobre o Moreirense (3-1) e mostrou que os Guerreiros arrancam a época de pontaria afinada, depois de ter feito poucos golos nos últimos jogos de pré-época.

Aí vão sete remates certeiros dos bracarenses em dois jogos oficiais, quatro contra o Brondby e três esta noite frente ao Moreirense, num Sp. Braga que ainda não está perfeitamente oleado mas que mesmo assim continua competente.

Tal como na Dinamarca, o Sp. Braga apanhou o gosto aos golos fora de horas, e frente ao Moreirense começou a construir a vitória ao quarto minuto de descontos da primeira metade. Na segunda parte acabou com as dúvidas.

Golo fora de horas indica o caminho

Com um pé no play-off de acesso à fase de grupos da Liga Europa, depois de ter vencido o Brondby na Dinamarca (2-4), o primeiro jogo caseiro do Sp. Braga teve um arranque algo tímido. Os bracarenses apareceram balanceados para o ataque, mas com pouca agilidade no cerco à baliza do Moreirense.

Sá Pinto operou cinco mexidas na sua equipa comparativamente com o jogo europeu mas um Moreirense com sete reforços no onze conseguiu ser suficientemente organizado para ir travando ímpeto da equipa da casa. A diferença entre os dois conjuntos esteve precisamente aí, na iniciativa de cada um dos conjuntos.

Se o Sp. Braga se apresentou, à partida, esticado no terreno mas sem a elasticidade para fazer o seu jogo fluir, o Moreirense deixou evidente que está ainda a criar a identidade de Vítor Campelos e para complementar a organização faltou arte ofensiva para criar perigo. Um lance de Fábio Abreu no interior da área foi o máximo que os axadrezados conseguiram na primeira metade.

Por seu turno, o Sp. Braga ia colecionando remates e iniciativas ofensivas, mas quase sempre sem um fio condutor. Um lance em que Ricardo Horta tabela com Hassan e, no fim de contas, acaba por rematar contra o corpo do egípcio é sintomático disso mesmo.

Ao quarto minuto de descontos da primeira metade o Sp. Braga deu expressão à sua supremacia e no último fôlego e conseguiu sair para o descanso em vantagem. Bola bombeada para a área por Sequeira, o corte de Steven Vitória fez o esférico sobrar para Claudemir ao segundo poste, sendo que o médio serviu Fransérgio no coração da área. Na cara de Pasinato o brasileiro desfeiteou subtilmente o guarda-redes do Moreirense.  

Pragmatismo a selar triunfo

Em desvantagem no marcador, o Moreirense nada mais pôde fazer do que deixar a vergonha de lado e arregaçar as mangas, procurando ser audaz ao ponto de esticar o seu jogo até ao último reduto bracarense.

Conseguiu-o a espaços, demonstrou alguma qualidade no toque de bola e iniciativas prometedoras. Mas ficaram-se apenas por aí, por ser prometedoras uma vez que raramente conseguiram ter estofo suficiente para criar verdadeiro perigo.

De modo a acabar com quaisquer dúvidas que pudessem subsistir, o Sp. Braga foi pragmático e impôs um travão a cerca de um quarto de hora em que o Moreirnese esteve ligeiramente por cima, fazendo fazer a sua maio acutilância comparativamente com a primeira parte. Depois de marcar Fransérgio está no lance do segundo golo, da autoria de Hassan, e Wilson fechou a contagem com um remate cruzado de belo efeito.

Supremacia bracarense vincada, sendo que nem o golo de Nenê em cima do minuto noventa põe em causa o triunfo do Sp. Braga, que entra a vencer na Liga.

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