Desp. Chaves-Belenenses, 2-2 (crónica) - TVI

Desp. Chaves-Belenenses, 2-2 (crónica)

  • António Ramos
  • Estádio Municipal de Chaves
  • 12 abr 2019, 23:37

O calvário continua

No jogo número 400 de José Mota na primeira Liga, viveram-se as emoções da aflição de um, contrapostas à tranquilidade de outro, que é como dizer que o Chaves encarou este jogo como de vida ou de morte, enquanto que o Belenenses subiu a Trás os Montes na maior das tranquilidades face ao sétimo lugar na tabela classificativa.

Confira a FICHA DO JOGO

Foi grande a mobilização dos adeptos flavienses, com os sócios a terem entrada gratuita para este encontro. Os responsáveis pelo clube azul grená, vêem no entusiasmo dos adeptos uma força extraordinária  para continuarem a sua militância na primeira liga. E o estádio estava bem emoldurado.

Pode dizer-se que a equipa pretendeu corresponder ao entusiasmo dos adeptos, pois, de rompão conseguiu inaugurar o marcador, bem cedo, aos 4 minutos, na sequência do primeiro canto do desafio, marcado por Bressan a quem Campi deu o seguimento final, de cabeça, sem hipóteses para Muriel.

Depois, o jogo não foi muito bem conseguido quer por um, quer por outro conjunto, isto no que diz respeito a jogadas ofensivas causadoras de perigo. O Belenenses tardou muito a reagir a essa desvantagem no marcador e só aos 19 minutos conquistou o primeiro canto, sem contudo causar qualquer perigo nas redes do Chaves. Na verdade, nesta altura as defesas estavam em mais evidência que os ataques, tão poucas foram as oportunidades degolo para ambos os lados.

O Chaves, como querendo proteger o magro pecúlio, retraiu-se até um pouco, beneficiando desse recuo a equipa forasteira que passou a ter maior posse de bola.

Aos poucos, os de Belém iam progredindo no terreno, até que aos 37 minutos conseguiram mesmo o empate, na sequência de um livre frontal, com António Filipe a defender para a frente e a aparecer rápido V. Sasso a emendar para o fundo das redes, ante a alguma apatia da defensiva flaviense. Foi um balde de água fria sentido não só pelos jogadores em campo como também nos cerca de 4300 espetadores que presenciavam o encontro.

Mas, como um azar nunca vem só, eis que de seguida a equipa local se viu apenas com 10 elementos em campo, face à expulsão de André Luís por entrada à margem da lei sobre um adversário, neste caso André Santos.

Vida ainda mais complicada para o técnico José Mota que precisava mesmo de ganhar este jogo para manter vivas as aspirações de permanecer no escalão máximo.

Reentrou em campo a equipa local, parecendo querer dar um outro rumo aos acontecimentos, mas a toada ofensiva que a equipa evidenciava, foi contrariada por um contra ataque bem conduzido e melhor finalizado por Licá, aos 53 minutos. Depois desse momento, a equipa flaviense não soube reagir com o necessário discernimento, tendo, inclusive, a equipa de Belém desfrutado de mais ocasiões de golo.

A esperança caiu do céu para os flavienses aos 76 minutos, com o golo do empate, marcado de novo por Campi, na sequência de um canto marcado por Ghazaryan. Renasceu a esperança num desfecho diferente para o Chaves. A partir daí, sim, a equipa mostrou atitude e começou a jogar em bloco e toda a gente acreditou num desfecho diferente, mas perto do fim novo revés, com a expulsão ( a segunda para o Chaves) de Luther Sing, matando de vez as reais aspirações dos comandados de José Mota.

Com este desfecho, as dificuldades da manutenção pioram para o Chaves que assim continua em posição delicada na tabela classificativa.

Continue a ler esta notícia