Nacional-FC Porto, 0-4 (crónica) - TVI

Nacional-FC Porto, 0-4 (crónica)

Passeio do dragão sentencia Nacional

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O FC Porto manteve-se este domingo na luta pelo título após golear (4-0) e sentenciar a despromoção do Nacional à II Liga. Os nortenhos dominaram a partida da 33.ª jornada sem ter necessidade de grandes acelerações na Choupana, ante uma equipa que precisava de vencer para continuar a sonhar com uma manutenção que já dependia de terceiros. 

Para o jogo na Choupana, Sérgio Conceição operou duas mexidas no onze inicial que levou ao último jogo: Brahimi, por lesão, e Herrera, castigado, foram substituídos por Otávio e Óliver. Do lado do Nacional, também duas alterações, com Costinha a promover as entradas de Marakis e Júlio César nos lugares de Arabidze e Rosic.

Ficha e filme de jogo

Um duelo que juntava a luta título e a da permanência, reunia aliciantes suficientes para pelo menos oferecer um jogo bem disputado. Foi o que veio a acontecer na primeira parte, embora a espaços. Os azuis e brancos entraram melhor, chegando com relativa facilidade ao último reduto insular, mas sem consequência. O Nacional, muito solidário entre linhas compactas, começou por demonstrar que queria defender bem para depois tentar surpreender o FC Porto nas transições rápidas.

Mas se os homens de Conceição já estavam avisados nesse capítulo, mas revelaram um certo excesso de confiança na forma como acabaram por abordar a pressão alta da equipa de Costinha. Aos 12’ Marakis, procurou as costas da defesa portista, com Militão a desentender-se com Vaná, que fica a meio do caminho deixando Riascos com tudo para marcar. Valeu aos dragões que o colombiano atirou à malha lateral.

O lance tinha tudo para galvanizar os madeirenses, mas não houve tempo para tal. Dois minutos depois da grande perdida de Riascos, uma falta de Alhassan sobre Otávio originou um livre frontal, bem ao jeito de Alex Telles. O lateral brasileiro não costuma perdoar, e definiu com classe, abrindo o marcador.

Sem grande reação do Nacional, o jogo perdeu alguma intensidade, curiosamente por parte dos dragões, que além disso revelaram pouco critério nas transições. De qualquer forma, o domínio dos nortenhos foi assentando e o segundo golo acabou por chegar num lance que resume a época do Nacional.    

Aos 28’, uma perda de bola de Alhassan, é colocada com grande simplicidade por Corona em Óliver Torres, que aproveita o espaço para progredir em direção à grande área do Nacional, onde acabou entrar para finalizar com classe, depois de ainda driblar Marakis. Vencer era primordial para os madeirenses, mas a perder por 2-0 à meia hora de hora, tornava qualquer sonho numa missão ‘quase’ impossível.

A equipa de Costinha ainda assustou aos 41’, com Riascos, depois de ganhar um duelo na raça com Manafá, sobre a esquerda, ficou com espaço para rematar, mas o esférico saiu apenas muito poste esquerdo de Vaná. Mas o intervalo chegou com os nortenhos claramente por cima, e com Marega em destaque: pelo com um remate do meio da rua, que testou a atenção de Daniel Guimarães; e logo de seguida, já perto da grande área, disparou com perigo para levar a bola a sair muito perto do poste esquerdo da baliza alvinegra.

O período de reflexão que o descanso habitualmente proporciona não forçou mexidas em qualquer das equipas, e talvez por isso do intervalo regressou o mesmo domínio do FC Porto, que precisou apenas de dez minutos para dilatar a vantagem. Otávio viu bem a desmarcação de Marega, que cruzou para um desvio de Daniel Guimarães que levou a bola até Corona, que ao segundo poste, finalizou de forma acrobática. Pouco depois, Marega falhou o quarto no cara a cara com o guardião dos insulares, após uma bela assistência de Otávio.

O FC Porto controlava o jogo, impondo o ritmo que mais lhe convinha, ante um Nacional sem ideias e que já demonstrava resignação quanto a um destino que desde há várias jornadas passou a ficar à mercê de um milagre. Uma ténue esperança ainda surgiu quando Carlos Xistra apontou para a marca de rigor da área dos dragões, aos 70’, mas tudo de desvaneceu quando, após consultar o VAR, voltou atrás na decisão e mostrou amarelo a Riascos, por simulação.

A confirmação da sentença e da diferença abismal entre ambas as equipas chegou com o 4-0, apontado por Marega, aos 88’, desde a marca dos 11 metros, a punir falta de Alhassan, que cortou com o braço um cabeceamento de Danilo na sequência de um canto. 

Perto de um ano depois do regresso à I Liga, o Nacional, sempre com Costinha, voltou ao escalão secundário do futebol português, sem qualquer tipo de glória e por culpa própria.

 

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