Feirense-Estoril, 0-0 (crónica) - TVI

Feirense-Estoril, 0-0 (crónica)

  • Adérito Esteves
  • Estádio Marcolino de Castro, em Santa Maria da Feira
  • 13 mai 2018, 20:28

Pólvora seca abate canarinhos que caem na II Liga

Depois de seis épocas consecutivas na Liga, o Estoril voltou a descer à II Liga, fruto do empate a zero no terreno do Feirense, num jogo em que sabia só a vitória lhe garantia a permanência.

Os homens de Ivo Vieira foram melhores durante todo o jogo, criaram mais oportunidades, mas foram balas de pólvora seca aquelas que dispararam e que, com o ricochete, atiram os canarinhos para a II Liga.

Do outro lado, festeja o Feirense que, em ano de centenário, assegura uma muito sofrida permanência, acabando o clube por sair beneficiado por nunca ter tirado o tapete a Nuno Manta Santos, um homem da casa que pelo segundo ano consecutivo faz o que nunca nenhum outro conseguira fazer: manter o Feirense na I Liga.

Não admirou, por isso, que tivesse sido com ele que quisessem festejar os muitos adeptos que invadiram o relvado do Marcolino de Castro após o apito final de Artur Soares Dias. O treinador foi atirado ao ar várias vezes e saiu literalmente em ombros de um jogo que a sua equipa até se mostrou menos segura do lhe é habitual.

Matheus Sávio a comandar desde cedo

O Estoril entrou muito forte nos primeiros minutos, colocando a equipa da casa em sobressalto, sobretudo através de Matheus Sávio que, primeiro obrigou Caio Secco a uma defesa apertada e, depois, na cobrança de um livre frontal, levou alguns adeptos canarinhos a gritarem golo com um remate que passou muito perto do poste.

Só que após quinze minutos algo perdida em campo, a equipa de Nuno Manta reorganizou-se e passou a controlar melhor o jogo. Os homens do Feirense começaram a trocar a bola no meio-campo estorilista e com isso afastavam o seu guarda-redes dos calafrios do início do jogo.

Sem arriscar muito para não se desposicionar, o Feirense revelou nesse período até ao intervalo a sua boa capacidade organizativa, ainda que lhe tenha faltado alguma ambição para ir em busca de um golo que deixaria a quipa fogaceira a salvo da descida e condenava automaticamente o Estoril.

Feirense treme mas não cai

Na segunda parte repetiu-se a melhor entrada do Estoril que criou muitas dificuldades a uma demasiado nervosa defesa do Feirense.

Apesar de o resultado ainda lhe ser favorável nesse momento, a equipa de Nuno Manta mostrou-se muito nervosa perante o assédio dos avançados estorilistas e só por manifesta infelicidade os canarinhos não se adiantaram no marcador nos primeiros 25 minutos do segundo tempo.

Nesse período sucederam-se as oportunidades, falhadas sucessivamente por Aguilar, Matheus Sávio e Ewandro, para desespero de Ivo Vieira que via o adversário a errar muito e os seus homens da frente a errar ainda mais.

Depois, com o tic-tac a começar a ecoar de forma mais forte para as duas equipas, as diversas interrupções de jogo - ora para ser prestada assistência a jogadores do Feirense, ora para tirar bolas e fumos do relvado - foram beneficiando a equipa da casa que, mesmo tremendo, nunca caiu.

Caíram, após o apito final, os jogadores do Estoril. Derrotados apesar de um empate que fizeram mais para desfazer.

Ao mesmo tempo, soltaram-se os fogos em Santa Maria da Feira, os adeptos invadiram o relvado para festejar com os seus heróis e, reforça-se: o treinador Nuno Manta foi o mais procurado.

 

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