Sp. Braga-Marítimo, 0-1 (crónica) - TVI

Sp. Braga-Marítimo, 0-1 (crónica)

Winck de costa a costa para confirmar renascimento insular

Relacionados

Terceiro triunfo consecutivo do Marítimo e colagem ao oitavo lugar. A equipa insular confirma o bom momento de forma com um triunfo na pedreira (0-1), o terceiro consecutivo, que comprova a subida de rendimento dos madeirenses com Vasco Seabra ao leme.

Em Braga a conquista dos três pontos foi hercúlea e conseguida no último suspiro, quando se fazia contas à soma de um ponto na bagagem para cruzar o Atlântico. Depois de um jogo em que teve de sofrer por vários momentos, e em que o empate figurava como positivo, Cláudio Winck deu um pontapé nessa lógica e em cima do minuto noventa foi de costa a costa, de área a área, assegurar os três pontos para os insulares.

Noite inglória para o Sp. Braga. Depois de empatar na receção ao Famalicão na derradeira jornada da primeira volta, a equipa de Carvalhal, com cinco mudanças no onze, dominou o jogo, mas perde em casa no arranque da segunda volta. Faltou o pormenor para abanar as redes adversárias; levou uma valente estocada perto do final do encontro.

Domínio sem artilharia

Com uma entrada dominadora no jogo, rapidamente se percebeu que o Sp. Braga ia chamar a si o controlo do encontro, fazendo-se valer das inegáveis melhores armas que dispõe. Foi, por isso, sem surpresas que esteve por cima do jogo, encolhendo o Marítimo no seu meio campo defensivo.

Foi, contudo, um domínio sem artilharia. Territorialmente o Sp. Braga montou o cerco à baliza de Paulo Victor, não permitiu qualquer saída ao adversário e com uma pressão forte recuperava rapidamente o esférico. Mas, faltava sempre alguma coisa: ora se abrilhantava a mais o lance, ora a decisão não era melhor. Em contraponto, o conjunto que viajou da Madeira ia resistindo como podia, sem conseguir ter bola. A equipa de Vasco Seabra perdia rapidamente a bola, não conseguia lances com mais do que três passes seguidos, e quando o conseguia era sinónimo que a bola era recuada até ao guarda-redes.

Um estilo de jogo pastoso dos insulares, que fez a pedreira ir aos nervos. Carlos Carvalhal inclusive, que foi expulso do banco por protestar decisões do árbitro do encontro. Para lá do domínio bracarense, da primeira metade sobra uma bomba de Galeno que Paulo Victor desviou como pôde para o ferro a atestar o domínio da equipa da casa.

Winck quis mais do que um ponto

A supremacia bracarense continuou infrutífera e a manta madeirense continuou demasiado curta para ousar grandes aventuras no plano ofensivo. Acresce a este cenário uma maior tranquilidade da equipa de Vasco Seabra a controlar o jogo, limitando o domínio da casa. Numa bola parada de Beltrame os insulares até obrigaram Matheus a fazer uma defesa apertada, emprestando ao jogo na segunda metade uma facete que até então não tinha sido notada.

Uma maior tranquilidade do Marítimo que o Sp. Braga, pressionado pelo cronómetro, fez questão de contrariar. Já com dois pontas de lança em campo, com a entrada de Abel Ruiz, o Sp. Braga encostou novamente os insulares às cordas, fazendo com que o jogo se desenrolasse na área contígua à baliza de Paulo Victor.

Só que Cláudio Winck não se contentou com apenas um ponto. Numa fase em que o Marítimo se agarrava ao ponto que se preparava para amealhar o lateral atravessou o relvado e foi à área rematar cruzado para o fundo das redes. Remate triunfal do brasileiro, a valer três pontos. Grande festa do Marítimo perante o desalento de um Sp. Braga cada vez mais desconfiado.
 

Continue a ler esta notícia

Relacionados