Gil Vicente-Marítimo, 0-1 (crónica) - TVI

Gil Vicente-Marítimo, 0-1 (crónica)

  • Nuno Dantas
  • Estádio Cidade de Barcelos
  • 17 jan 2021, 22:09

Lucas Áfrico desequilibrou jogo muito equilibrado

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Lucas Áfrico desequilibrou o muito equilibrado Gil Vicente-Marítimo. Numa partida onde as defesas se superiorizaram aos ataques, foi um defesa central que teve cabeça para dar os três pontos à turma madeirense. Os galos tiveram sempre mais bola, mas os insulares foram mais eficazes. Quando o empate pairava no ar. Lucas Áfrico decidiu mudar o rumo da partida e fez de cabeça o único golo da contenda.

As duas equipas chegavam a este jogo vivendo momentos semelhantes. Ambas vinham de uma qualificação para os quartos de final da Taça de Portugal, ambas perderam na última partida para o campeonato e, desde que trocaram de treinador, ambas só perderam dois encontros. A juntar a isto, apenas um ponto separava as duas formações à entrada para a 14.ª jornada.

Com tanto equilíbrio fora das quatro linhas, não estranhou o equilíbrio que existiu dentro do campo. O Gil Vicente, com menos tempo de recuperação uma vez que jogou na quinta à noite e ainda teve jogar o prolongamento, teve mais posse de bola, mas sentiu muitas dificuldades para ultrapassar a defesa a cinco dos insulares.

Por sua vez, o Marítimo, sem o seu melhor marcador, o brasileiro Rodrigo Pinho – testou positivo à Covid19 – jogava um futebol mais pragmático e, por isso, chegava mais vezes à baliza de Denis. Ainda assim, o guardião brasileiro nunca teve de se aplicar a sério, à semelhança de Amir.

E até nas jogadas de perigo houve equilíbrio, uma para cada lado. Milson, logo no segundo minuto, entrou na área e rematou cruzado, rente ao poste. Do outro lado, já à passagem do minuto 20, Baraye fez o corredor direito em velocidade e cruzou atrasado para o remate de Lourency, valendo o corte in extremis de Zainadine, já que o remate levava selo de golo.

Após o reatamento pouca coisa mudou. A única diferença para o primeiro tempo esteve no Marítimo, que começou a pressionar a formação gilistas logo na fase de construção. Os galos demoraram algum tempo a adaptar-se, mas aos poucos conseguiram assentar o jogo e a começar a sair para o ataque com maior perigo. O primeiro remate enquadrado com uma das balizas aconteceu aos 71’, altura em que Claude Gonçalves obrigou Amir a aplicar-se. Depois, foi Samuel Lino a cabecear para a defesa segura do iraniano.

A turma madeirense foi refrescando a equipa, enquanto Ricardo Soares, com um banco mais pobre ia esperando para ver o que o jogo dava. Por isso, sempre que os insulares iam à área contrária criavam perigo. Alipour deu  primeiro aviso ao rematar solto, mas torto quando estava em boa posição. De seguida, surgiu o golo do encontro. Após canto, a bola sobrou para o lado direito da área, voltando a haver um cruzamento que apanhou Lucas Áfrico a cabecear para a conquista dos três pontos.

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