Belenenses-Estoril, 2-1 (crónica) - TVI

Belenenses-Estoril, 2-1 (crónica)

Tiago Caeiro tinha as chaves do jogo

A chave do dérbi da linha estava guardada no banco do Belenenses. Tiago Caeiro saiu do banco para desequilibrar a balança a favor dos azuis do Restelo num jogo que caminhava a passos largos para um sempre tristonho empate a zeros.

Num duelo entre duas equipas que chegavam à sexta jornada a lamber as feridas de dois desaires averbados na ronda anterior, saiu a rir o conjunto de Domingos Paciência, que somou o segundo triunfo na Liga e ultrapassou o Estoril na classificação.

A propensão ofensiva, marca indelével da era de Pedro Emanuel, voltou a não valer de nada aos canarinhos, que valem mais do que os seis pontos obtidos neste arranque de campeonato mas parecem ainda estar longe do chamado ponto de rebuçado sempre difícil de alcançar num arranque de temporada marcado por algumas mexidas no plantel.

Tal como há uma semana na receção ao Moreirense, os estorilistas voltaram a ter mais controlo de jogo, mas acabaram por cair perante um adversário mais expectante.

Será, no entanto, exagerado comparar os argumentos deste Belenenses com os do emblema minhoto. Ainda que com linhas mais baixas (sobretudo na primeira parte), o conjunto de Domingos Paciência foi capaz de pôr constantemente os visitantes em sentido com ataques rápidos e as bolas paradas de Diogo Viana.

Ao intervalo, os azuis do Restelo já contabilizavam duas bolas nos ferros dos estorilistas, por Gonçalo Silva e Maurides, que desperdiçou de baliza escancarada em cima do intervalo.

Primeira parte com fogachos de verticalidade e com duas baixas a lamentar por lesão: Abner desfalcou os canarinhos logo aos sete minutos e obrigou à deslocalização de Allano para a lateral-esquerda; depois foi a vez de Filipe Chaby obrigar Domingos a mexer já perto do descanso.

FILME E FICHA DE JOGO

As oportunidades do Belenenses e o caudal ofensivo do Estoril (que também esteve perto do golo pelo menos numa ocasião) justificavam o empate ao intervalo, mas os azuis apresentaram-se mais audazes para o reatamento.

Subiram linhas e passaram a olhar mais de frente para o adversário. Domínio repartido, mas um impasse que começava a desagradar aos adeptos da equipa da casa até Tiago Caeiro aparecer para virar o jogo de pantanas no 20 minutos finais.

Na primeira intervenção em campo, o avançado foi servido por Hanin, rodou sobre Halliche e atirou para o 1-0. O Estoril reagiu e esteve perto do empate na resposta por Kléber.

Por essa altura, a equipa da Amoreira ainda acreditava que era possível resgatar pelo menos o empate. Não estava perdida em campo, perdeu a bússola por completo após a expulsão de Allano a poucos mais de dez minutos dos 90.

Desnorte completo comprovado aos 83 minutos num lance em que Moreira saiu da baliza para ganhar uma bola a Caeiro mas acabou por deixá-la para André Sousa, que fez um chapéu exímio a 30 metros da baliza.

Em pouco tempo, o Belenenses via-se numa posição confortável. Com os três pontos na mão e a salvo de qualquer contratempo que acabou por surgir já em período de descontos pelo inevitável Kléber. Mas já era tarde. A chave do jogo tinha-a Tiago Caeiro.

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