Moreirense-Tondela, 1-1 (crónica) - TVI

Moreirense-Tondela, 1-1 (crónica)

Moreirense-Tondela (Lusa)

Ar a escassear, mas pulmão até ao fim

Jogo de aflitos, último contra antepenúltimo em Moreira de Cónegos e um final frenético depois de um jogo morno durante grande parte do tempo. Kaká adiantou o Tondela no marcador, Sougou selou a igualdade final (1-1). Mantém-se a diferença de quatro pontos entre os dois emblemas, ninguém conseguiu encher o peito de ar.

Seguindo a analogia de Pepa, nenhuma equipa conseguiu beneficiar das múltiplas oportunidades de saída da rotunda, acabando por voltar à casa de partida no final dos noventa minutos.

O Tondela chegou a ameaçar a primeira vitória fora da presente edição da Liga, foi melhor na primeira metade, mas encolheu-se com a reação tardia do Moreirense, já nos derradeiros minutos. Oito jogos sem vencer do Moreirense, sete do Tondela.

Tondela anti-stress

Em contraste com a tabela classificativa até foi o Tondela a apresentar-se de forma mais tranquila neste jogo, beneficiando ao mesmo tempo de uma tremedeira por parte da equipa da casa, que sentiu muito dificuldade em dar critério ao seu jogo na fase inicial do encontro.

Perante este figurino, o Tondela aproveitou para criar perigo junto da baliza de Makaridze, essencialmente e bola parada. Fernando Ferreira deu um primeiro aviso a obrigar o guarda-redes do Moreirense a fazer uma defesa apertada, na sequência de novo pontapé de canto Kaká adiantou a equipa de Pepa no marcador.

Um golo que se adivinhava, não que o Tondela dominasse por completo, mas pela forma como os tondelenses não acusaram a pressão do jogo. Kaká marcou de cabeça, na sequência de um canto, fazendo a emenda a uma primeira bola ganha por Fernando Ferreira no coração da área.

Em vantagem a equipa do Tondela pausou o jogo de acordo com a sua conveniência, várias vezes teve de se recorrer a assistência médica e Pepa teve mesmo de operar duas alterações forçadas. Inácio também mexeu na sua equipa e depois do golo praticamente não se jogou.

Reação tardia garante empate

Depois de fazer nova substituição ao intervalo, Inácio esperou apenas mais cinco minutos para esgotar as trocas, apontando Boateng, Dramé e Ramirez à baliza à guarda de Cláudio Ramos. Augusto Inácio pôs a carne toda no assador, como se diz na gíria futebolística, mas faltaram outros condimentos à equipa do Moreirense.

Ao fim de contas, faltou aquilo que desde início andou alheado da equipa: critério. Os Cónegos tiveram mais bola, mas sem conexão entre setores e sem lances de perigo a registar. Apenas aos 77 minutos, quando o cronómetro já se encaminhava para o final, a equipa de Augusto Inácio conseguiu enquadrar um remate com a baliza de Cláudio Ramos. Ramirez cabeceou para o guarda-redes fazer uma defesa vistosa.

A reação tardia do Moreirense ainda foi a tempo de dar frutos. Cláudio Ramos ainda fez nova defesa quase que milagrosa a remate de Sagna, mas nada pôde fazer ao minuto 83. Diego Ivo cabeceou ao segundo poste para a trave e Sougou não falhou na recarga, reestabelecendo a igualdade.

Um ponto para cada lado, o pulmão aguentou até ao final, com as duas equipas a acabar por lutar pelo segundo golo até ao derradeiro apito. Esforço a destempo, ninguém encheu o pulmão de ar.

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