Sp. Braga-Tondela, 3-0 (crónica) - TVI

Sp. Braga-Tondela, 3-0 (crónica)

Guerreiros de serviços mínimos aplicam «chapa três»

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Os momentos opostos em que Sp. Braga e Tondela mediram forças na Pedreira não foram suficientes para diluir a diferença entre as duas equipas. Mesmo sem deslumbrar o Sp. Braga venceu o Tondela (3-0), que desperdiçou uma das últimas vidas na luta pela manutenção.

Guerreiros de serviços mínimos foram suficientes para aplicar «chapa três» num triunfo assinado pelos pontas de lança Hassan, Stojiljkovic e Hassan, num regresso às vitórias que praticamente sentencia o quarto lugar no campeonato.

Na Pedreira defrontaram-se equipas que, apesar da diferença classificativa, atravessavam ciclos distintos. Eliminado da Liga Europa diante do Shakhtar Donetsk, o Sp. Braga não venceu nenhum dos últimos quatro jogos naquele que é o pior registo da época. Já o Tondela, apesar de estar mergulhado no último lugar venceu nas duas últimas jornadas, facto inédito, deslocando-se ao Minho no seu melhor momento.

O conjunto de Petit até se lançou logos nos primeiros instantes para a área bracarense, mas à primeira aceleração do Sp. Braga, por Rafa, a defensiva do Tondela meteu água. Lima teve de recorrer à falta (feia) para travar Rafa, resultando daí um livre perigoso. Josué cobrou a falta, fez a bola passear-se pela pequena área tondelense, e acabou por ser Hassan a fazer o desvio para o fundo das redes à guarda de Cláudio Ramos.

Petit abriu os braços, os jogadores do Tondela ficaram incrédulos e trocaram olhares em busca de explicações para tamanha facilidade na forma como o conjunto de Paulo Fonseca chegou ao golo.

Seguiu-se depois um jogo desconexo. Mais intranquilo do que o habitual, o Sp. Braga vivia de rasgos fugazes dos seus atacantes, quase sempre sem grande perigo. O Tondela, recorrendo à velocidade e à criatividade do trio da frente, aproveitava para chegar de forma tímida mas perigosa à área arsenalista.

Valeu um Marafona atento a travar as investidas de Nathan e Wagner e o árbitro Tiago Antunes, que quando estava decorrido um quarto de hora, não considerou o toque de Djavan na bola como passível de ser considerado grande penalidade. Lance duvidoso.

Ao intervalo Petit trocou o desinspirado Romário Baldé por Jhon Murillo, mas a alteração nem tempo teve para surtir efeitos. O Sp. Braga voltou a não perder muito tempo no reatar do encontro para fazer o segundo, desta feita por Stojiljkovic. Djavan fez uma das suas incursões do lado esquerdo, e cruzou para o avançado sérvio que, apesar de deixar a bola escapar ligeiramente, rematou sem hipóteses para Cláudio Ramos.

Rude golpe na intenção de discutir o resultado no segundo tempo por parte do Tondela, que logo no primeiro fôlego viu o Sp. Braga ampliar a vantagem. A equipa que este ano se estreia entre os grandes do futebol português até prometeu e deu bons indicadores, mas faltou concretizar essas mesmas promessas, falhando assim uma das derradeiras oportunidades de se chegar aos lugares acima da linha de água.

Até ao final o Sp. Braga ainda chegou ao terceiro do encontro. Com muito espaço na área, Stojiljkovic convidou Crislan a regressar aos golos quase cinco meses depois de ter feito o último tento da sua conta pessoal.

Regresso aos triunfos do Sp. Braga, pondo assim um travão na série de quatro jogos sem vencer e ao mesmo tempo arrumando praticamente com as contas do quarto lugar. A exibição não foi convincente, já se viu este Sp. Braga fazer muito mais, mas o mais importante era exorcizar os fantasmas das últimas derrotas e do afastamento europeu.

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