Famalicão-Portimonense, 0-1 (crónica) - TVI

Famalicão-Portimonense, 0-1 (crónica)

  • Nuno Dantas
  • Estádio Municipal de Famalicão
  • 18 abr 2021, 17:02
Famalicão-Portimonense (Lusa)

Em jogo de aflitos, os algarvios saíram a sorrir

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Sorriso rasgado no rosto dos algarvios depois de vencer um adversário na luta direta pela manutenção. Triunfo justo do Portimonense, que foi mais eficaz e que não teve problemas em alterar o sistema de jogo para travar as armas do Famalicão. Beto voltou a mostrar que está num excelente momento de forma e apontou o golo do triunfo, o 10.º no campeonato.

Foi a primeira derrota de Ivo Vieira à frente do Famalicão e a pior exibição desde que assumiu o comando técnico. Os famalicenses não se deram bem com o sistema tático dos algarvios e nunca encontraram soluções para o ultrapassar. Com a vitória, a terceira consecutiva - melhor série de resultados da época - o Portimonense subiu ao 9.º lugar, somando agora 32 pontos.

Duas equipas a atravessar bons momentos de foram faziam antever um bom espetáculo. Os famalicenses não perdem há quatro jogos, desde a entrada de Ivo Vieira, e chegavam a esta partida vindos de um empate em Alvalade. O Portimonense tinha vencido os dois últimos jogos, por números expressivos, e queriam dar sequência aos triunfos.

Ivo Vieira fez apenas uma alteração em relação ao jogo com o Sporting, entrando para o eixo da defesa Diogo Queirós, substituindo o castigado Riccieli. Já Paulo Sérgio fez duas mudanças depois do triunfo frente ao Vitória de Guimarães. Fali Candé e Ewerton renderam no onze Anderson e Luquinha. As alterações introduzidas pelos algarvios tinham o intuito de travar as alas do Famalicão, principalmente o lado esquerdo.

O início da partida mostrou que as expetativas não iam sair goradas. As duas equipas apresentaram um futebol positivo, virado para o ataque, procurando o golo. Contudo, os de Portimão no processo defensivo baixavam muito as linhas e colavam Anzai do lado direito para impedir a subida de Rúben Vinagre. E, em boa parte, conseguiu.

Enquanto os locais apresentavam um futebol mais rendilhado, jogado de pé para pé, os visitantes eram mais pragmáticos e jogavam um futebol vertical. Com linhas tão juntas, o Famalicão não conseguia ligar o jogo com qualidade e, com isso, o Portimonense, que se viu privado de Willyan bem cedo – saiu lesionado –, aproveitava para lançar rápidos ataques.

Num desses lances, Beto obrigou Luiz Júnior a fazer a defesa do jogo. O remate cruzado levava selo de golo. Os da casa responderam na única vez em que Rúben Vinagre conseguiu ganhar pela esquerda e cruzar para a cabeça de Anderson, acabando por rematar por cima.

Em cima do descanso, surgiu o golo do Portimonense. Aylton Boa Morte ganhou na esquerda, cruzou para Anzai que falhou o cabeceamento. A defesa famalicense foi pouco expedita a tirar o esférico da área e aparecer Beto a rematar para o fundo das redes. O descanso chegava com a vantagem dos forasteiros.

Na segunda metade o Portimonense voltou a entrar bem e a ficar perto do segundo. Beto ganhou o esférico à entrada da área e desmarcou Anzai, contudo Luiz Júnior saiu-lhe aos pés e fez bem a mancha. Os de Famalicão tinham mais bola, mas não conseguiam incomodar a baliza à guarda de Samuel.

Por isso, Ivo Vieira mexeu e arriscou jogar com dois avançados, colocando Alexandre Guedes ao lado de Anderson. No entanto, apesar de ter muita gente na frente, os famalicenses sentiam dificuldades em entrar na defensiva algarvia. O Portimonense também deixou de ir com tanta frequência ao ataque, mas, quando ia, criava perigo. Numa dessas jogadas, Beto obrigou Luiz Júnior a fazer mais uma excelente defesa.

Até ao final, pouco mudou. Os famalicenses, já depois de ter mudado todo o meio campo, continuaram a dominar sem criar perigo e mostraram-se muito precipitados nas decisões. Já os de Portimão guardaram com unhas e dentes o precioso triunfo.

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