O Santa Clara foi a Paços de Ferreira vencer por 1-0 e conquistou a primeira vitória do campeonato. Um golo de Thiago Santana ainda no primeiro tempo valeu os três pontos à turma açoriana. Os pacenses mandaram no jogo, tiveram mais posse de bola, mas a formação orientada por João Henriques nunca permitiu grandes veleidades junto da sua baliza, jogando como se sentem mais confortáveis: em contra-ataque.
As duas equipas chegavam a este encontro depois de terem perdido na primeira jornada. O Paços de Ferreira foi goleado pelo Benfica na Luz, enquanto o Santa Clara havia perdido em casa com o recém-promovido Famalicão. As cartas estavam lançadas para um jogo que se esperava disputado e renhido. Assim foi. Os visitantes deram a iniciativa de jogo aos locais e, depois de se apanharem a ganhar, jogaram como mais gostam. Foi a primeira vitória dos açorianos em Paços de Ferreira.
Os castores entraram campo cheios de vontade de mostrar que são eles que mandam na capital do móvel. Apostando num futebol mais apoiado, de pé para pé, com constantes mudanças de flanco, começaram a criar perigo bem cedo. Do outro lado estava uma equipa que não escondia ao que vinha: defender bem e sair em transições rápidas para o ataque.
Ficha e filme do jogo
Hélder Ferreira, uma aposta de Filipe Rocha para este jogo, tal como Murilo, teve nos pés a primeira oportunidade, porém viu Fábio Cardoso a cortar o esférico in extremis! Aliás, os dois centrais do Santa Clara estiveram em plano de evidência com dois cortes providenciais. João Afonso também impediu o golo de Douglas Tanque, já perto do descanso.
Pelo meio, Bruno Santos também foi à área contrária tentar a sua sorte, contudo, em boa posição, rematou ao lado. A resposta dos açorianos foi letal. Num canto a favor dos pacenses, saiu um contra-ataque rápido que terminou com o golo de Thiago Santana, após bela desmarcação de Carlos Junior. Até ao intervalo, os locais tentaram chegar ao empate, sem alcançar o sucesso.
O treinador pacense queria mais e ao intervalo fez duas alterações. Tirou Murilo e Douglas Tanque e colocou Diogo Almeida e Uilton, que passaram a jogar lado a lado no ataque, numa espécie de 4x2x2x2. No entanto, pouco ou nada foi alterado. A equipa da casa continuou a ter mais bola, mas pouco critério na hora de definir o último passe. O Paços de Ferreira continuava a ter poucas opções na frente.
O Santa Clara continuava a explorar o contra-golpe e a mostrar-se sólido na defesa. A verdade é que raramente foram verdadeiramente incomodados pela equipa anfitriã. O guarda-redes forasteiro não fez uma defesa digna desse registo, tornando-se fácil para os açorianos. Até ao final, os treinadores mexeram nas equipas tentando mudar o rumo dos acontecimentos, no caso dos castores, e para manter ou dilatar o resultado. Ficou tudo como estava desde o minuto 18.