Belenenses-Gil Vicente, 1-1 (crónica) - TVI

Belenenses-Gil Vicente, 1-1 (crónica)

Azul «desbotou» nos descontos

Ainda não foi desta que o Belenenses venceu na Liga. A equipa de Petit chegou a estar em vantagem diante do Gil Vicente, com um golo já perto do final, mas consentiu o empate em tempo de compensação e somou apenas o terceiro ponto na Liga, naquele que terá sido o jogo de despedida de Leiria. O Gil Vicente, por seu lado, também já não vence desde a segunda jornada, mas está numa posição bem mais confortável do que os «azuis» na classificação.

Boa entrada no jogo do Gil Vicente que apresentou-se no Dr. Magalhães Pessoa com um novo guarda-redes, o esloveno Ziga Frelih que rendeu o russo Kritciuk que saiu, já perto do fecho do mercado, para o Zenit de São Petersburgo. Ricardo Soares promoveu ainda alterações na defesa com os regressos de Zé Carlos, Ruben Fernandes e Talocha, mas na frente manteve intato o trio de ataque e Fran Navarro, melhor marcador da Liga, com quatro golo, mostrou-se logo a abrir, com um desvio a um cruzamento de Fujimoto que obrigou Luiz Felipe a aplicar-se.

O Belenenses demorou a entrar no jogo, mas a verdade é que foi crescendo com o passar dos minutos e até conseguiu algum ascendente sobre o adversário de Barcelos, criando perigo, sobretudo em lances de bola parada. Petit manteve o onze que na ronda anterior empatou em Guimarães, mas foi obrigado a prescindir de Afonso Sousa devido a problemas intestinais. O treinador apostou em Yaya Sithole, uma opção mais conservadora, mas que permitiu aos azuis ter mais bola.

Como estávamos a dizer, os azuis foram crescendo e Carraça, na marcação de um livre, obrigou Frelih a voar para afastar uma bola com a ponta dos dedos. As duas equipas lutavam muito na zona central, mas os azuis conseguiam progredir mais terreno e iam criando oportunidades em lances de bola parada. Sithole rematou na sequência de um canto e Safira também tentou a sua sorte num livre direto.

No entanto, foi o Gil Vicente que teve a última palavra antes do intervalo, também numa bola parada, com Bilel, na marcação de um canto, sobre a direita, a cruzar para a cabeça de Vítor Carvalho que obrigou Luiz Felipe para a defesa da tarde. Petit não esperou mais e, logo a abrir a segunda parte, abdicou de Chima Akas, recuou Francisco Teixeira para reforçar o ataque com Abel Camará, mas foi o Gil Vicente que voltou a entrar melhor.

Um balde de água fria para cada lado

O jogo voltou a dividir-se com muita luta na zona central, com as duas equipas a exercer forte pressão sobre o detentor da bola. Um jogo menos atrativo, com as duas formações a perderem facilmente a bola. Petit não estava satisfeito e promoveu mais três alterações, juntando Camará e Ndour a Safira no ataque. O Belenenses tinha mais bola, mas sentia tremendas dificuldades em chegar ao último terço.

Murilo esteve perto de desbloquear o marcador, mas foi o Belenenses que se adiantou no marcador, a sete minutos dos noventa, num lance bem trabalhado por Camará sobre a direita a culminar com cruzamento para o segundo poste. O reforço Safira elevou-se bem e cabeceou, com a bola a ir à trave e a bater nas costas do infeliz Frelih.

Grande festa no banco do Belenenses, até porque faltavam poucos minutos para o final. Toque a reunir tropas, com os azuis em modo defensivo e os de vermelho a arriscar tudo no ataque. Já se chegava o segundo minuto de compensação quando o Gil Vicente chegou ao empate em mais um lance de bola parada. Livre de Murilo sobre a direita e Aburjania, acabado de entrar, apareceu que nem um foguete junto ao segundo poste a cabecear para o empate.

Um enorme balde de água fria para a equipa de Petit que continuam sem vencer e soma apenas três pontos no fundo da tabela antes do regresso ao Jamor no próximo jogo em casa.

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