Marítimo-FC Porto, 1-2 (crónica) - TVI

Marítimo-FC Porto, 1-2 (crónica)

Vitória arrancada a ferros

Relacionados

A vitória que o FC Porto averbou hoje ante o Marítimo - que fechou a 20.ª jornada como lanterna-vermelha - foi arrancada a ferros. Os dragões venceram por 2-1, com o golo do triunfo a chegar desde a marca dos 11 metros, em cima do 90, numa falta conquistada por Francisco Conceição, que foi lançado a jogo na segunda parte para tentar ajudar a desbloquear a estratégia defensiva dos madeirenses.

Os madeirenses, que somaram a sétima derrota seguida (seis na Liga e uma na Taça), bateram-se bem até ao golo dos portuenses, e até construíram duas grandes oportunidades para desfazer o 1-1 trazido do primeiro tempo. O resultado deixa a vida ainda complicada para o Marítimo, e alimenta a esperança do FC Porto em reentrar na luta pelo campeonato.

A partida começou algo trancada, com as equipas bem encaixadas, mas acabou por ver dois golos antes dos 20 minutos em lances de bola parada. Marcou primeiro o FC Porto, em cima do quarto de hora, na sequência de um livre cobrado por Sérgio Oliveira, com Uribe a finalizar na insistência com a ajuda de Taremi e Corona, mas também alguma benevolência da defesa da casa.

Os insulares reagiram de imediato e, três minutos depois, na sequência de um pontapé de canto, restabeleceram a igualdade, por Léo Andrade, que após ser esquecido pela defesa portista, finalizou sem grandes dificuldades. O lance ainda foi revisto pelo VAR, mas as imagens dissiparam todas as dúvidas quanto à legalidade do lance.

Perdida a vantagem, os dragões perceberam que era preciso colocar mais intensidade no jogo para ultrapassar o bloco defensivo dos madeirenses. Mas a coesão e grande solidariedade que norteavam as ações deste, raramente permitiram grandes veleidades ao ataque azul e branco.

A exceção a esta regra foi registada aos 34, quando Zaidu, após um bom cruzamento de Sérgio Oliveira, desviou de cabeça para obrigar Amir a aplicar-se para evitar a entrada da bola na baliza e depois para travar a recarga de Taremi.

O Marítimo preocupou-se sobretudo em defender bem, mas sempre à espera de oportunidades para ferir os dragões. Já em período de descontos, numa falta ganha sobre a direita, Edgar Costa cruzou tenso e Joel Tagueu, solto, atirou com perigo, mas ao lado da baliza de Marchesín.

Foi uma primeira parte de grande luta, de parte a parte, com muitos duelos e também faltas, mas com uma agressividade saudável, apesar de algum nervosismo que, a espaços, ameaçou apenas estragar o jogo.

O início da etapa complementar trouxe um FC Porto disposto a marcar cedo, com linhas mais subidas e a tentar prender a equipa de Milton Mendes no seu último reduto. Joel Tagueu ainda fugiu aos 48, chegando a rematar à entrada da área para Marchesín encaixar, mas seguiram-se minutos de grande sufoco, com a coesão madeirense a levar a melhor sobre a constante variação de jogo portista, que quase sempre terminou em remates bloqueados.

Com os caminhos para a baliza verde-rubra bem fechados, Sérgio Conceição depositou a esperança em chegar ao golo numa aposta em elementos mais criativos, trocando Sérgio Oliveira por Otávio e Marega por Francisco Conceição.

Do lado do Marítimo, Milton Mendes limitou-se a refrescar, com a expectativa de que Ruben Macedo, Fumu Tamuzo, e Alipour poderiam atacar melhor a profundidade que os já desgastados Joel, Edgar Costa e Jorge Correa, mas também para ajudar a fechar os espaços, muitas vezes em ações de cobertura.

Mas as intenções portistas foram se revelando presas fáceis para a defesa madeirense. O único lance de grande perigo aconteceu aos 68, com Jesús Corona a ficar perto de assinar um grande golo. Em plena grande área, o mexicano fez tudo bem, mas o remate saiu fraco e Amir agarrou sem problemas.

Os dragões passaram depois por momentos muito difíceis. E se o Marítimo não chegou primeiro ao golo, muito ficou a dever a Marchesín, que negou a festa a Alipour, aos 83, e no minuto seguinte, a Léo Andrade, depois de Zainadine atirar ao poste.

Quando tudo levava a crer que o empate seria o resultado final, Rúben Macedo foi surpreendido por Francisco Conceição, derrubando-o com um empurrão pelas costas na grande área. Decorria o minuto 90, e Otávio, desde a marca dos 11 metros, não tremeu e fixou o resultado que permite aos dragões acalentarem esperanças quanto à luta pelo título.

Continue a ler esta notícia

Relacionados