Feirense-Portimonense, 0-1 (crónica) - TVI

Feirense-Portimonense, 0-1 (crónica)

Manta curta nos pés de Dener e nas mãos de Ricardo

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Dener colocou a bota no sítio certo e a vitória no sapatinho do Portimonense, que chega aos 20 pontos no fim do ano. Contas fechadas com o único tento do jogo, aos 68 minutos, a agudizar a crise do Feirense na Liga e o lugar dos fogaceiros em zona de despromoção.

Feirense aflito, sem vitórias na Liga há mais de quatro meses, mas motivado e lutador após garantir os «quartos» da Taça. Aqui e ali ansioso pela necessidade de pontos, notório em certas investidas atacantes, perante um Portimonense mais confortável e pragmático. A equipa de Folha teve menos posse de bola, mas foi quase sempre mais perigosa. E saiu por cima.

E Jackson, mesmo em esforço, a dar que fazer e falar. Que talento.

Ficou cedo evidente na forma como abordou as disputas pelo ar. Como segurou e tentou rodar. Teve oposição cerrada de Briseño num dos duelos mais interessantes em campo. Além disso, como quase fazia um dos golos da jornada.

Mas antes de um remate soberbo do colombiano a beijar o ferro, aos 29’, houve outro na iminência de dar vantagem madrugadora ao Portimonense. Lucas Fernandes, de fora da área, viu o ferro negar a festa.

O Feirense, de cara lavada e oito mudanças em relação ao jogo da Taça, respondeu aos poucos, após melhor e mais controlada entrada dos algarvios. Babanco, de livre, falhou por centímetros. Depois, Tiago Silva também avisou. Mas o desvio de primeira foi sem a direção certa.

Do outro lado, mais poder de fogo, com menos bola e em menos tempo. O Portimonense não precisou de deter o jogo para ser mais perigoso e avisou duas vezes mais até ao intervalo, num cabeceamento de Dener e num remate de Lucas Fernandes. Mais atrás, o outro Fernandes, Rúben, foi crucial a evitar males maiores num dos cortes do jogo: Sturgeon e Edinho, isolados, já preparavam o ataque ao golo.

Feirense-Portimonense: ficha e filme do jogo

Reatamento na mesma toada, com busca mútua pelo golo. E com bola parada como guia na tentativa.

Feirense naturalmente mais ávido pela posição na tabela e com duplo aviso do Briseño antes da hora de jogo. Após dois livres, o mexicano desviou por cima e viu depois Ricardo Ferreira negar o 1-0 com uma das defesas da tarde.

Do outro lado, atenção e trabalhos também para Bruno Brígido. O brasileiro fechou a baliza a Jadson após um livre. E esticou-se todo para evitar o sucesso de Wellington num remate cruzado, consequência de um trabalho fabuloso de Jackson, de costas para a baliza.

Impotência, contudo, à terceira. Pintura estragada. A livre de Paulo, Brígido afastou mal a bola e Dener serviu-se para pincelar a vantagem e a vitória do Portimonense, com um desvio ao segundo poste.

Pouco mais de 20 minutos para o Feirense inverter a história. Mas foi, ainda assim, a equipa de Folha a escrever conforto e controlo no jogo. A retardar a resposta fogaceira, só mais evidente na reta final.

Aí, Ricardo Ferreira tornou a baliza pequena. A defesa da tarde negou o empate certo a Crivellaro em cima do minuto 90 e mereceu o abraço de equipa para a vitória. Alguns lenços brancos no final e Manta curta a fechar 2018.

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