Desp. Chaves-Nacional, 2-0 (crónica) - TVI

Desp. Chaves-Nacional, 2-0 (crónica)

Chaves-Nacional (Lusa)

Flavienses confiantes impuseram-se aos madeirenses aflitos

O Desportivo de Chaves venceu por 2-0 o Nacional da Madeira para o encerramento da jornada 18 da Liga e subiu ao sexto lugar por troca com o Marítimo. Numa exibição eficaz e competente, os flavienses venceram sem dificuldades o Nacional afundando ainda mais o adversário na classificação.

Após o brilharete frente ao Sporting para a Taça de Portugal, com vitória por 1-0, o treinador do Desportivo de Chaves, Ricardo Soares, mexeu apenas numa peça, por ser forçado a retirar o castigado Fábio Martins entrando Patrão para o meio campo. Do lado contrário, face à derrota em Setúbal, Jokanovic lançou Mauro e Tobias Figueiredo na equipa.

Com a noite a esfriar rapidamente, as equipas entraram também algo geladas, com os motivos de interesse a demorarem a surgir, mas eles vieram.

Os madeirenses apresentaram-se com um futebol direto, com o jogo a passar pouco pelos seus médios e muito por Salvador Agra, que tentou sempre remar contra a maré, mas esteve desapoiado. Do outro lado, os flavienses continuaram a jogar o seu futebol habitual, com jogadas rápidas de ataque suportadas pelos seus alas rápidos e um Rafael Lopes extremamente batalhador na frente, a segurar a bola.

Neste panorama de jogo apareceu desde cedo Davidson, que no seu segundo jogo a titular, o primeiro a extremo, deu muito que fazer a Nuno Campos. O atacante teria o seu momento de glória mais para a frente na partida.

Antes, o primeiro sinal de perigo aconteceu mesmo para o Nacional, mas por um acaso. Salvador, quem mais, tentou o cruzamento aos seis minutos, Freire cortou na área mas a bola foi direta à barra, com Ricardo, batido, a ver a sorte salvar o golo.

Sem demoras os flavienses acordaram para o jogo. Davidson atirou forte à figura de Rui Silva e Salvador Agra respondeu do outro lado invadindo a área e atirando à malha lateral.

O jogo parecia ser um duelo particular entre Davidson e Salvador, mas Braga mostrou inveja e apareceu ele na partida. Aos 20 minutos, em boa posição, atirou ao lado, mas estava apenas a tirar as medidas para à passagem da meia hora estrear o marcador.

Rafael Lopes fugiu do seu lugar para ganhar a bola na linha de fundo e cruzar, e no seu lugar apareceu Braga a disparar cruzado, com a bola a bater no poste e entrar.

Apesar de algo lenta, a partida joga-se perto das duas balizas, e na resposta surge o grande lance polémico da equipa com Assis, na área, em esforço, a acertar em Tiago Rodrigues e o Nacional a ficar a pedir grande penalidade.

Sem tirar o pé do acelerador, o Chaves sentia que podia já resolver a partida e aos 34 minutos Braga tem uma excelente situação para marcar, melhor do que aquela onde marcou, mas em pleno coração da grande área atirou ao lado, após trabalho de Perdigão.

Mais eficácia mostrou Davidson, que em cima do intervalo concluiu uma excelente jogada coletiva dos transmontanos. Braga e Nélson combinaram na perfeição e o capitão do Chaves deu para Davidson, que já na área ganhou espaço e rematou cruzado, de bico, cruzado e para o fundo das redes do desamparado Rui Silva.

O segundo golo fez muito mal à equipa do Nacional, que raramente encontrou na partida. Logo a abrir a segunda parte, Davidson mostrava continuar em excelente momento ao servir Braga que rematou às malhas laterais.

Depois, o jogo teve um momento arrepiante e de enorme apreensão, com a lesão grave de Hamzaoui em choque de cabeça com Carlos Ponck. Caindo inanimado no relvado, seguiram-se momentos de incerteza e dúvida com o jogador argelino a ser assistido pelas equipas médicas das duas equipas e a acabar transportado de ambulância para o Hospital de Chaves.

Hamzaoui sofreu traumatismo craniano com perda de consciência

Se Salvador era a grande dor de cabeça do Chaves na primeira metade, no segundo tempo Wilyan carregou a equipa do Nacional. Aos 54 minutos encheu o pé mas rematou ao lado.

Para evitar adormecimento no encontro, a equipa da passa voltou à carga e o golo voltou a estar à vista em Trás-os-Montes. Aos 61 minutos Perdigão serviu Rafa que cabeceou ao lado e pouco depois o avançado teve nova ocasião, ao aparecer isolado mas Rui Silva, saindo da área, cortou a jogada de perigo.

Com o golo dos flavienses mas perto do que o dos madeirenses, apenas de bola parada o Nacional criava perigo, mas nem assim surgiu o golo para relançar a equipa no encontro. De bola corrida, o último suspiro foi protagonizado por Roniel, que após fugir aos centrais flavienses, já nos descontos, tropeçou na altura de bater Ricardo atirando ao lado. Um espelho do jogo do Nacional na partida.

Continue a ler esta notícia

EM DESTAQUE