Santa Clara-Nacional, 2-0 (crónica) - TVI

Santa Clara-Nacional, 2-0 (crónica)

  • Luísa Couto
  • Estádio de São Miguel, em Ponta Delgada
  • 24 fev 2019, 17:50

Duelo de ilhéus decidido em dois golpes

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Chrien e Schettine carimbaram a vitória do Santa Clara diante do Nacional, no Estádio de São Miguel.

Os golos do médio eslovaco e do avançado brasileiro colocam os açorianos numa posição mais confortável para garantir a manutenção na Liga. Os açorianos alcançam, deste modo, 30 pontos e sobem provisoriamente ao oitavo lugar. Já o Nacional, fica pelo 15º posto, um lugar acima da zona de despromoção.

No saldo da partida, os madeirenses não arriscaram mais para justificar um resultado diferente. Aliás, esperava-se, nos Açores, um Nacional animado pela goleada ao Feirense e sedento de vitórias fora de casa, algo que não acontece desde 2 de dezembro. Mas, a verdade é que os madeirenses entraram na partida com pouca disposição de arriscar, diante de um Santa Clara que, apesar de não ter criado flagrantes oportunidades de golo, esteve por cima ao longo dos primeiros 45 minutos de jogo.

Exceção feita à disputa entre Riascos e Marco, aos 12 minutos, na qual o esférico ressaltou por cima da trave, raras vezes o Nacional quebrou a tranquilidade do guardião açoriano.

O guarda-redes do Santa Clara foi, aliás, dos jogadores que menos esforço despendeu na primeira parte. Pelo contrário, Daniel Guimarães chegou a ser desafiado várias vezes… Aos 35 minutos teve mesmo de ser esticar para sacudir a bola dirigida por Ukra, na sequência de um cruzamento.

Santa Clara-Nacional, 2-0: ficha e jogo ao minuto

Já aí Santa Clara beneficiava de superioridade numérica em campo. Um carrinho sobre Francisco Ramos valeu a Marakis o segundo amarelo e consequente expulsão.

Apesar da contestação, o árbitro António Nobre manteve a decisão. Nobre que acabou por não validar a única vez que, na primeira parte, a bola trespassou a linha de golo na baliza dos madeirenses. Guilherme Schettine marcou, mas o árbitro entendeu que havia um jogador do Santa Clara em situação de fora de jogo.

Assistia-se, assim, no Estádio de São Miguel, a um jogo morno, com duas equipas tão “encaixadas” que pouco espaço sobrava para um bom espetáculo de futebol.

No regresso do intervalo, esperava-se que a equipa da casa capitalizasse a inferioridade numérica dos madeirenses, mas foi o Nacional a entrar em força na partida, com Rochez a rematar forte para as mãos de Marco.

Aliás, nos primeiros 20 minutos da segunda parte, o Santa Clara pouco partido tirou de estar em campo com mais um jogador.

Já da parte da equipa de Costinha era notório o esforço para minimizar essa desvantagem. Só depois do golo de Chrien, que deu a vantagem aos açorianos, se viu o Nacional “quebrar” na partida.

Santa Clara-Nacional, 2-0: destaques do jogo

Aconteceu aos 64 minutos e resultou de um remate fortíssimo do médio eslovaco à entrada da área, sem qualquer hipótese para Daniel.

O Nacional esmoreceu mas não deitou a toalha ao chão. Um “disparo” de Riascos, aos 74 minutos, por pouco não se traduziu na igualdade no marcador.

Apesar de alguns erros e das poucas oportunidades de golo na segunda parte, o Santa Clara ainda conseguiu ampliar a vantagem mesmo ao cair do pano (90 minutos) com um golo de Schettine, após um cruzamento de Zé Manuel.

A equipa de João Henriques consegue, deste modo, segurar os três pontos, pontos preciosos nas contas dos açorianos com vista à manutenção no principal escalão do futebol português. Este dérbi insular fica ainda marcado pela pior assistência da época nos Açores: 1896 pessoas no Estádio de São Miguel, num domingo em que as condições atmosféricas pouco convidavam a uma ida ao futebol.

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