Benfica-Santa Clara, 2-1 (destaques) - TVI

Benfica-Santa Clara, 2-1 (destaques)

Diogo das entregas recusadas

A FIGURA: Diogo Gonçalves

Muito mais acutilante no corredor direito do que Grimaldo no flanco oposto. Teve algumas combinações interessantes com Everton, que frequentemente foi derivando para aquele lado no terreno e serviu de bandeja Seferovic para um falhanço incrível do suíço à meia-hora. Depois do empate do Santa Clara, voltou a comparecer ativamente no ataque. Assistiu Chiquinho para o 2-1 e depois ainda entregou nova encomenda ao avançado suíço. De longe o melhor do Benfica numa tarde/noite muito sofrida.

O MOMENTO: golo de Chiquinho contra a corrente. MINUTO 73

O médio foi o primeiro jogador do Benfica a saltar do banco. Entrou para o lugar de Everton e Jesus talvez procurasse um maior equilíbrio da equipa. Mas conseguiu mais do que isso. Apareceu no coração da área para assinar a vitória dos encarnados.

OUTROS DESTAQUES

Everton: depois do golo ao Portimonense, o internacional brasileiro voltou a mostrar, ainda que a espaços, que não foi um irmão com características físicas extremamente idênticas que atravessou o Atlântico para jogar no Benfica. Regressou às opções iniciais de Jorge Jesus e não tardou em justificar a confiança depositada pelo técnico das águias. Foi dele a primeira jogada de perigo e ultrapassou dois adversários no lance que deu origem ao 1-0. Foi possivelmente a melhor unidade dos encarnados nos 45 minutos iniciais. Uma nota: muitos dos seus remates são bloqueados por adversários e isso acontece porque por vezes não é suficientemente lesto na execução. Não se viu na segunda parte e saiu à hora de jogo. Como atenuante, nesses 15 minutos não se viu nenhuma das unidades ofensivas do Benfica.

Allano: um perigo apontado na direção da baliza de Helton Leite no flanco esquerdo dos açorianos. Foi o elemento mais rematador da equipa de Daniel Ramos nos 45 minutos iniciais e foi muito difícil de controlar. Muito voluntarioso nas missões defensivas.

Cryzan: foi um autêntico pesadelo para os três defesas do Benfica. A sua mobilidade abriu muitas vezes espaço para os ataques de Allano e, sobretudo, de Carlos Jr ao corredor central. Esteve em quase tudo o que os açorianos fizeram durante os 15/20 minutos iniciais da segunda parte, nos quais sufocaram a equipa de Jorge Jesus como poucas vezes se vê. Tentou o golo e serviu com muita qualidade os colegas. Antes de assistir Anderson Carvalho para o 1-1, entregou-o a Lincoln, mas o médio não finalizou da melhor forma.

Anderson Carvalho: um pêndulo no meio-campo dos açorianos, mas mais do que isso. Distribuiu com qualidade e apareceu mais do que uma vez em posições adiantadas. Fê-lo no último lance da primeira parte e alguns minutos antes do golo que apontou.

Lincoln: é um daqueles médio de larga amplitude de movimentos. Tão depressa está envolvido nos equilíbrios defensivos como aparece com facilidade em zonas de finalização. Tem uma entrega notável ao jogo e foi dessa entrega que nasceu o 1-1.

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