Moreirense-Nacional, 2-1 (crónica) - TVI

Moreirense-Nacional, 2-1 (crónica)

  • Bruno José Ferreira
  • Parque de Jogos Comendador Joaquim de Almeida Freitas, em Moreira de Cónegos
  • 28 jan 2019, 20:57
Moreirense-Nacional (OCTÁVIO PASSOS/LUSA)

Via verde a espicaçar a Europa

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À boleia dos brindes concedidos pelo Nacional, proporcionando quase que uma via verde, o Moreirense voltou ao conforto do seu lar com um triunfo depois de duas derrotas fora de portas. O conjunto de Ivo Vieira venceu os insulares (2-1) com um bis de Chiquinho num embate em que a equipa de Costinha cometeu demasiados erros defensivos.

Num arranque de jogo que mais parecia uma espécie de «guerra fria», com as duas equipas a ameaçar mas sem qualquer tipo de armamento, as promessas de um mau espetáculo acabaram por não se verificar. Não é que o futebol tenha sido brilhante, mas teve emoção e lances de perigo.

Muito por culpa de um Nacional periclitante na defesa, dando demasiados brindes ao Moreirense. Brindes de valor elevado que fizeram a margem mínima que se registava ao intervalo ser uma margem corada de vergonha. Por vezes impaciente, outras vezes demasiado tranquila, a defensiva do Nacional convidou os Cónegos a visar a baliza.

Uma autêntica via verde que deu frutos para o Moreirense ao minuto quinze. Kalindi quis recriar-se com a bola à entrada da sua área e perdeu o esférico de forma gritante perante a pressão estratégica de Chiquinho. Isolado o médio tocou subtil para o fundo das redes, aproveitando assim a brecha concedida pelos insulares.

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Seguiram-se vários outros erros do Nacional, o Moreirense aproveitou parcialmente a deixa e pressionou de forma astuciosa e combinada com o intuito de provocar ainda mais o erro. Como se fosse preciso. Valeu Lucas França a travar algumas iniciativas e o deslumbre dos dianteiros do Moreirense a esperdiçar oportunidades suficientes para amarrar os três pontos numa fase precoce do encontro.

Pareceu entrar com outra disposição para a segunda parte o conjunto madeirense, de forma mais aguerrida. Conseguiu nos primeiros minutos abrir novamente a discussão do resultado com aproximações destemidas à área de Jhonatan, mas sem efeitos práticos até levar um soco no estômago.

Os metros que a equipa do Nacional subiu no terreno acabaram por sobrar nas costas da sua defesa, o que veio a ser fatal. Heriberto assinou uma verdadeira cavalgada pelo corredor esquerdo, ultrapassando Júlio César com classe, servindo depois Texeira. O avançado serviu Chiquinho que vindo de trás encheu o pé e bateu Lucas França. A bola ainda bateu em Marakis, levando definitivamente a direção das redes.

DESTAQUES DO JOGO: Chiquinho sem medo de acelerar

Jogo sentenciado. Aos onze minutos da segunda metade, que a partir daqui caiu drasticamente de ritmo. Não interessava ao Moreirense que o jogo tivesse grandes correrias, faltavam argumentos e força anímica ao Nacional para uma reação mais enérgica. Ainda se chegou a festejar a redução da desvantagem, mas com recurso às imagens Manuel Mota acabou por dar falta. Jhonatan pontapeou o esférico contra o braço do avançado, sendo, portanto, com o braço que o atacante introduziu a bola na baliza, ainda que involuntariamente.

Okacha acabaria mesmo por marcar, desta vez com o VAR a contrariar o fora de jogo, deu emoção aos derradeiros instantes, mas se dar para mais do que isso.

Quarta jornada consecutiva a perder do Nacional, que parece estar a perder o gás de uma retoma anunciada. Versátil, o Moreirense somou mais uma vitória, desta feita aproveitando os brindes adversários.

Foi com via verde, mas ainda assim dá para a manutenção em caminhos europeus.

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