Boavista-FC Porto, 0-3 (destaques) - TVI

Boavista-FC Porto, 0-3 (destaques)

  • Ricardo Jorge Castro
  • 28 out 2017, 22:31
Boavista-FC Porto (Lusa)

Arte de Brahimi e eficácia azul em toda a linha

A FIGURA: Brahimi

Faz e faz jogar o argelino. Que jogo, principalmente na segunda parte. É cada vez mais importante na estratégia ofensiva do FC Porto. Abriu o livro com a assistência para Aboubakar no 0-1. Daí para a frente, foi em frente. A encarar, sem temor, cada adversário. Arte. E quanta moral. Coroou a atuação com o último golo, num contra-ataque letal.

 

O MOMENTO: Aboubakar a derrubar o mais difícil (50’)

O FC Porto procurava reagir a uma primeira parte apagada em relação ao rendimento habitual. E em que boa altura apareceu o golo. Ataque rápido pelo meio, Corona recebeu na direita, cruzou para o segundo poste onde apareceu Brahimi com um desvio subtil para a pequena área. Aí, já sem Vagner no lance, Aboubakar apareceu a derrubar o nulo e a dar uma vantagem que, até então, o FC Porto pouco tinha feito por justificar.

A CRÓNICA DA VITÓRIA DO FC PORTO NO BESSA

OUTROS DESTAQUES:

Yusupha: estreia a titular na liga. E que boas indicações. Jorge Simão terá percebido que o gambiano não teria envergadura suficiente para os duelos aéreos com Felipe e Marcano – e mesmo assim Yusupha foi inteligente nesse capítulo - e fez variar o avançado por terrenos mais recuados. Quase sempre na linha do trio ofensivo composto por Espinho, Kuca e Renato Santos. Tal permitiu dar linha de passe na transição. Corajoso, audaz a encarar o um para um. Brio, delícia naquele calcanhar ao minuto 22. Só José Sá negou. 75 minutos de um nível para discutir lugar no onze.

Aboubakar: uma aparição decisiva na única real ocasião de golo do camaronês. Com pinta de avançado, presente na área, estava no sítio certo para desatar o 0-0. E vão 13 golos em 14 jogos oficiais esta época.

David Simão: o meio campo do Boavista teve uma atuação briosa. Luta incessante e muita presença a meio campo. A par de Idris e Fábio Espinho, o número 25 do Bessa aliou isso à qualidade de passe, com uma relação timing/ponderação positivo a desmarcar colegas. Perdeu algum fulgor na reta final, acentuado pelo crescimento do FC Porto.

Felipe: talvez o mais decidido, seguro e importante na retaguarda do FC Porto. Tem um corte providencial a tirar um lance de golo a Kuca (40m). Segunda parte de igual nível, a suster as investidas contrárias quando o Boavista procurava anular o golo inicial de Aboubakar.

Marega: as debilidades técnicas estão lá. Porém, num jogo que paulatinamente exigiu abrir espaços na defesa do Boavista, o maliano conseguiu fazê-lo de forma decisiva com o segundo golo, praticamente a sentenciar o desafio.

Fábio Espinho: ligeiramente mais adiantado no terreno a dar corpo a pressão do Boavista na saída de bola do FC Porto. Percorreu muitos metros nesse capítulo, deu solidez ao bloco central axadrezado, acentuando uma prestação coletiva que foi dificultando a vida ao adversário.

José Sá: pouco mas decisivo trabalho na primeira parte. Que defesa a negar o golo de calcanhar de Yusupha, na primeira ocasião do jogo. Suficiente para manter a baliza a zeros. Denotou, ainda assim, alguma insegurança na saída nas bolas paradas.

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