Sp. Braga-Santa Clara, 2-0 (crónica) - TVI

Sp. Braga-Santa Clara, 2-0 (crónica)

Sp. Braga-Santa Clara

Nem sempre o treze é sinónimo de azar

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O Sp. Braga meteu a quinta (vitória consecutiva) e segue a toda a velocidade. Depois dos triunfos na Taça da Liga, Taça de Portugal e Liga Europa, quase um mês depois o conjunto de Sá Pinto voltou às contas do campeonato e despachou o Santa Clara (2-0) com uma exibição personalizada e consistente.

Numa mostra de que nem sempre o treze é sinónimo de azar, os bracarenses marcaram ao minuto treze de cada uma das partes e venceram um Santa Clara com pouca expressão ofensiva. Wilson marcou na primeira metade, Ricardo Horta manteve o pé quente na segunda e fazem o Sp. Braga voltar a vencer em casa para o campeonato mais de dois meses e mio depois do último triunfo, ultrapassando Marítimo e Moreirense na classificação.

Claramente no melhor momento da temporada, os guerreiros não sabem o que é perder há nove jogos, e frente aos açorianos confirmaram esse mesmo bom momento. Jogaram o quanto baste, tiveram o controlo do jogo e geriram as emoções sem dar espaço de manobra à equipa de João Henriques.

Carlos Júnior assustou mas não amedrontou

Com um registo pouco produtivo fora de casa na Liga, mas também sem permitir grandes aventuras aos adversários defrontados até agora, o Santa Clara entrou com um tom ameaçador na pedreira. Carlos Jr., por sua conta e risco, criou o primeiro lance de perigo do encontro numa jogada individual em que obrigou Matheus a fazer uma defesa apertada.

Ficou-se pelas ameaças o conjunto açoriano. O Sp. Braga dominou o jogo a seu bel-prazer, geriu as incidências sem descurar o equilíbrio e criou várias oportunidades de golo, algumas delas flagrantes. Numa dessas oportunidades flagrantes, aos treze minutos, Wilson Eduardo marcou de cabeça e colocou a equipa de Sá Pinto na frente do marcador.

Insistência de Ricardo Horta ao não permitir que a bola saísse pela linha lateral, cruzando depois para o coração da área com precisão. Wilson Eduardo atacou a bola de forma estonteante, com tudo, vendo-a apenas parar no fundo das redes.

Sp. Braga justamente em vantagem, abrandando depois o ritmo. Num ciclo de jogos intenso, o conjunto arsenalista baixou a intensidade, fez a gestão com bola e atacando mais pela certa. Ia valendo Marco entre os postes da baliza açoriana a impedir que o resultado se desnivelasse. Apenas de bola parada o Santa Clara tentava criar perigo. Mas até esses lances escasseavam.

Ricardo Horta (de pé quente) resolve

Logo nos instantes iniciais do segundo tempo o Santa Clara teve um desses lances de bola parada. A um metro de entrada da área Rashid atirou para defesa difícil de Matheus. Fez por entrar mais consistente na segunda metade o Santa Clara, sobretudo mais pressionante na corrida atrás do prejuízo.

Mas o Sp. Braga voltou a controlar. Fê-lo com bola e com critério, nunca se expondo e criando perigo uma vez mais com facilidade. De cada vez que acelerou o jogo. Ricardo Horta quis evitar calafrios e mais uma vez ao minuto treze, desta feita da segunda metade, fez o segundo do Braga e praticamente sentenciou o encontro.

Correria de costa a costa de Esgaio a cruzar para o coração da área, ninguém interceta e Ricardo Horta acaba por recolher ao segundo poste. Assina depois o momento do jogo com um remate espontâneo, quando poucos esperariam, pelo buraco da agulha.

Ficou em branco o Santa Clara, e, em abono da verdade, pouco fez para marcar, como comprovam os únicos dois golos que fez na cidade dos arcebispos em toda a sua história. História essa que não contempla qualquer triunfo em Braga.

Nem sorte nem azar. O Sp. Braga foi, uma vez mais, competente no jogo de encerramento da oitava jornada da Liga e vai galgando na tabela classificativa

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