Sp. Braga-Santa Clara, 1-0 (crónica) - TVI

Sp. Braga-Santa Clara, 1-0 (crónica)

Sp. Braga-Santa Clara

Foi preciso espicaçar a pedreira

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Foi necessário ameaçar os guerreiros com duas lanças para o Sp. Braga se atirar para o triunfo (1-0) na receção ao Santa Clara. Apenas espicaçado por uma grande penalidade desperdiçada e mais uma oportunidade soberana do Santa Clara o conjunto de Abel arregaçou as mangas e chegou ao golo do triunfo por intermédio do inevitável Dyego Sousa.

Triunfo alcançado num embate em que muitas vezes faltou chama, o frio ditou as suas leis na Pedreira, e o Sp. Braga sobreviveu à intimação açoriana para ser mais reativo do que propriamente ativo no início do segundo tempo, depois de uma primeira metade com domínio absoluto mas sem progressão.

Com Paulinho a render o lesionado Sequeira, sendo Esgaio a adaptação escolhida para fechar o lado esquerdo da defesa, Abel fez apenas duas alterações na equipa bracarense comparativamente com a derrota na Taça da Liga frente ao Sporting. Por seu turno João Henriques revolucionou o meio campo, resgatando de imediato Rashid que chegou da Taça da Ásia, fazendo-o jogar ao lado de Kaio Pantaleão. Patrick também regressou ao onze.

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Fria e a arrancar bocejos. Assim começou o jogo na Pedreira. Faltou intensidade, faltou ritmo, faltaram iniciativas ofensivas, faltou nervo e fúria. Enfim, faltou um pouco de tudo no regresso do campeonato à Pedreira após as emoções da Final Four da Taça da Liga neste mesmo palco.

O domínio do Sp. Braga foi inequívoco e natural. Mas foi tão natural como pastoso e demasiado denunciado. A realidade é que a equipa de Abel chegou a encostar o Santa Clara à sua área, mas fê-lo de forma rendilhada, com trocas de bola sem grande progressão e, consequentemente, sem perigo.

Um cruzamento prometedor aqui, resolvido com maior ou menor dificuldade pelo último reduto insular, uma bola parada mais vertiginosa e um par de remates para os escombros da Pedreira traduziram o domínio arsenalista.

O Santa Clara ia tendo Stephens como principal elemento capaz de esticar a linha do horizonte. Quase sempre sozinho, a agarrar-se ao esférico para correr até onde a capacidade física permitisse, o avançado do Panamá tentava dar um pontapé na lógica.

DESTAQUES DO JOGO: Instinto matador de Dyego Sousa desbloqueia

Depois de uma primeira metade pouco expressiva ofensivamente o Santa Clara como que veio transfigurado do período de descanso. Mais solto e acutilante, o conjunto açoriano teve duas oportunidades soberanas para marcar. Rashid desperdiçou uma grande penalidade, permitindo a defesa a Tiago Sá e na sequência do pontapé de canto César atirou com estrondo às malhas laterais.

Espicaçaram os guerreiros. Os calafrios, e que calafrios, provocaram uma reação ao Sp. Braga que marcou imediatamente a seguir a estes dois lances perigosíssimos da equipa insular. Paulinho evoluiu pela direita, contemporizou puxando a bola para o pé esquerdo para cruzar depois com as medidas certas para o coração da área. Dyego Sousa assinou de cabeça o 18.º golo da época.

Foi o suficiente para devolver o Sp. Braga aos triunfos depois do desaire na Taça da Liga, mantendo os arsenalistas na perseguição a Benfica e FC Porto. Os açorianos averbaram o quinto jogo sem vencer, somando apenas um ponto em quinze possíveis.

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