Gil Vicente-Rio Ave, 2-0 (crónica) - TVI

Gil Vicente-Rio Ave, 2-0 (crónica)

  • Nuno Dantas
  • Estádio Cidade de Barcelos
  • 29 nov 2020, 17:03
Gil Vicente-Rio Ave

Não houve perfume, ficou o cheiro a suor

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Uma das frases proferidas por Vítor Oliveira na temporada passada, descrevendo o comportamento da equipa em alguns jogos, encaixa na perfeição na exibição do Gil Vicente nesta tarde. Os galos venceram o Rio Ave com dois golos sem resposta, numa partida onde o perfume do bom futebol deu lugar ao suor das camisolas e marcada pela homenagem sentida ao ex-técnico dos gilistas, falecido ontem.

O Rio Ave falhou o objetivo de chegar a um dos lugares que davam acesso à Taça da Liga e perderam pela primeira fora de portas esta temporada. Filipe Augusto fica marcado à história do jogo por ter feito, na própria baliza, um dos golos que deu à turma barcelense três preciosos pontos, que valem a saída da zona de aflição. Lourency, já nos descontos, fez o segundo golo e fechou a contagem.

O Rio Ave entrou a mandar no jogo. A formação orientada Mário Silva tinha em mente a chegada aos 5.º ou 6.º lugares que dão acesso à Taça da Liga – esta temporada com um formato diferente. No entanto, deparou-se com um Gil Vicente bem organizado e com as linhas bem juntas, dificultando ao máximo o acesso à sua baliza. As mexidas em relação do jogo da Taça de Portugal foram muitas: Léo Vieira, Nélson Monte, Jambor, Tarantini, Geraldes, Gabrielzinho, Bruno Moreira e Meshino dão lugar aos habituais Kieszek, Aderllan, Filipe Augusto, Diego Lopes, Lucas Piazón, Carlos Mané, Pelé e Gelson Dala.

Ricardo Soares, que fez o primeiro jogo na I Liga ao serviço dos galos, cortou com o passado e esqueceu os três centrais e passou a jogar num 4-3-3. O treinador fez apenas três alterações em relação ao jogo da prova rainha do futebol nacional, com o Oleiros. Saíram Mantuan, Miullen e Léautey e entraram João Afonso, Samuel Lino e Renan Oliveira. Talocha, infetado com a Covid-19, foi baixa nos galos.

Os da casa, que entravam para este encontro na penúltima posição, não tiveram vergonha de dar a iniciativa de jogo ao adversário e aproveitar o erro para alvejar a baliza contrária. E foi assim que nasceu o golo barcelense. Numa transição defensiva, Filipe Augusto errou o passe e Lucas Mineiro aproveitou para colocar na direita em Lourency. O extremo brasileiro foi à linha de fundo e cruzou atrasado na direção de Samuel Lino. Porém, apareceu Filipe Augusto a tentar emendar o erro e acabou por cortar o esférico para a própria baliza.

Estava aberto o marcador em Barcelos. Os rioavistas tentaram rapidamente chegar à área local, mas nunca conseguiram incomodar o guarda-redes brasileiro Denis. Já os galos continuaram na mesma toada, tentando, em contra-ataque, fazer nova gracinha. E assim chegou o descanso com a vantagem dos locais.

Para o segundo tempo, o técnico vilacondense tirou o apagado Piazon e lançou Bruno Moreira. A toada de jogo manteve-se, o Rio Ave com mais posse e os gilistas a apostar no contra-golpe. Mas Mário Silva queria mais e voltou a mexer na equipa, mudando três de uma assentada. O domínio passou a ser quase total e só a partir daí é que os rioavistas começaram a incomodar Denis.

O guardião brasileiro, com um par de boas defesas, cotou-se como o homem do jogo e segurou o precioso triunfo. Filipe Augusto, de livre direto, proporcionou a defesa do jogo ao gilista. Depois, foi o recém-entrado Jambor a rematar para as mãos de Denis, que segurou com toda a confiança. Já em tempo de compensação, Lourency com um remate em arco fez o segundo e acabou com todas as incertezas!

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