Famalicão-Portimonense, 0-1 (crónica) - TVI

Famalicão-Portimonense, 0-1 (crónica)

  • Nuno Dantas
  • Estádio Municipal de Famalicão, Vila Nova de Famalicão
  • 30 jun 2020, 19:03

Portimonense chega-se à tona da linha de água e atrasa Famalicão na corrida ao sonho europeu

Relacionados

Quase um ano depois, o Portimonense voltou a vencer fora de casa. A formação algarvia foi a Famalicão vencer pela margem mínima e já está a dois pontos da linha d’água – com mais um jogo do que o Tondela. Já o Famalicão vê o sonho europeu ameaçado, já que pode ser ultrapassado pelo Rio Ave no 5.º posto ou, então, ver o Sp. Braga aumentar a vantagem no 4.º posto. Ricardo Vaz Té foi o autor do golo que deu os três pontos aos de Portimão.

As duas equipas chegavam a este jogo com o mesmo registo após o reatamento. Ambas tinham ganhado dois jogos e empatado outros tantos. Embora a lutar por objetivos diferentes, os dois emblemas tinham aspirações de continuar na senda dos bons resultados. Contra si, os algarvios tinham a performance fora de portas: o único triunfo aconteceu à 2.ª jornada, em Tondela, em agosto do ano passado.

João Pedro Sousa apostou no mesmo onze que foi a Moreira de Cónegos buscar uma igualdade (1-1). Essa previsibilidade na equipa inicial e na forma de jogar, facilitou a vida à formação de Paulo Sérgio que trocou apenas um jogador em relação à partida frente ao Marítimo – saiu o castigado Lucas Fernandes e entrou Lucas Possignolo.

Quem estivesse a ver o primeiro tempo e não acompanhasse a I Liga, facilmente diria que o Portimonense é que estava a lutar por um lugar europeu e os de Famalicão a lutar pela manutenção. Os algarvios conseguiram manietar quase por completo a turma local e fartaram-se de criar oportunidades de golo.

Bruno Tabata foi o elemento mais em foco e foi ele o primeiro a deixa o aviso. Solto pela esquerda, rematou em jeito para fantástica defesa de Vaná, que desviou o esférico para a trave da baliza. Pouco depois, Tabata roubou o esférico a Racic e isolou Ricardo Vaz Té que rematou cruzado para o primeiro golo do encontro.

Os famalicenses esboçaram uma reação e estiveram perto de marcar. Numa excelente jogada de Pedro Gonçalves, o médio tabelou com Toni Martinez e na cara de Gonda não conseguiu bater o nipónico. Mas foi tudo o que se viu dos locais.

Os de Portimão voltaram a carregar e ficaram perto do golo mais duas vezes. Primeiro, foi Hackman que, em boa posição, não conseguiu bater Vaná. Ato contínuo, Junior fabricou a jogada e ofereceu o golo a Aylton Boa Morte que, com a baliza completamente escancarada, rematou ao lado. Perdida incrível que levou a diferença mínima para o descanso.

O técnico famalicense não estava satisfeito com o desempenho da equipa e mudou três homens e a forma de jogar. Abandonou o 4-2-3-1 e voltou ao 4-3-3, com que iniciou o campeonato. E a mudança deu resultado. Os algarvios não conseguiram acertar as marcações e os da casa aproveitaram para encostar os visitantes às cordas.

O Famalicão começou a criar mais perigo e esteve perto do golo. Diogo Gonçalves apareceu isolado e rematou para excelente estirada de Gonda, com o esférico ainda a bater na trave. Paulo Sérgio percebeu que tinha de fazer alguma coisa e inverteu o triângulo meio campo, invertendo-o, e estancou o ímpeto ofensivo dos locais.

E, no contra-golpe, voltaram a estar perto do golo. Bruno Tabata voltou a baralhar a defesa contrária e deu para Aylton Boa Morte. O avançado, no coração da área, ajeitou e rematou em arco, mas ligeiramente ao lado. Até ao final, os famalicenses tentaram chegar ao empate, mas quase sempre com muito coração e com muito pouca cabeça. Triunfo justo dos algarvios, principalmente pela excelente primeira parte.

Continue a ler esta notícia

Relacionados