«O Porto é o sítio mais hostil onde alguma vez joguei», diz ex-Benfica - TVI

«O Porto é o sítio mais hostil onde alguma vez joguei», diz ex-Benfica

Anders Andersson

Anders Andersson garante ainda que o ambiente de Old Trafford não se compara ao Estádio da Luz

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Anders Andersson, antigo médio que representou o Benfica durante duas épocas e meia, entre agosto de 2001 e janeiro de 2004, falou ao jornal sueco Sportbladet sobre a sua experiência no clube português.

Atualmente com 46 anos, Anders Andersson começou por recordar a chegada ao Benfica e fez uma comparação com o ambiente vivido nas bancadas de Old Trafford: «O verão de 2001 foi algo mesmo extraordinário para mim. Ir para o Benfica e para Lisboa foi extraordinário, algo maior do que tudo o que vivi no futebol.»

«Já tive a experiência de ver o Manchester United e Old Trafford a cantar a música You Are My Sunshine para o Ole Gunnar Solskjaer. É algo poderoso, mas não se compara ao Benfica», garantiu.

O antigo médio falou sobre as apostas do Benfica nessa temporada 2001/02 e partilhou memórias sobre os duelos com o FC Porto no norte do país, considerando que esse foi o ambiente mais hostil que vivenciou num estádio de futebol.

«Nesse verão de 2001 chegaram Simão Sabrosa do Barcelona, Zahovic do Valência, Drulovic do FC Porto e um jovem avançado chamado de Mantorras, que tinha apenas 19 anos e que muitos achavam que iria ser um dos melhores jogadores do mundo: era o novo Eusébio», atirou, antes de abordar os duelos com o FC Porto: «Sempre que lá íamos, atiravam pedras e bolas de golfe ao autocarro. Uma vez, quando entrámos no balneário, estava muito quente e eles tinham tirado de lá todos os comandos do ar condicionado. Essa atitude influenciou-me um pouco, claro.»

A 10 de fevereiro de 2002, Anders Andersson foi titular na derrota do Benfica no Estádio das Antas (3-2): «Comecei o jogo e pouco depois do início (18m) fugi na direita, recebi a bola, cruzei e Simão fez o 1-0. Soube muito bem. Eu tinha de controlar um pouco mais o Deco, mas ele era terrivelmente bom. Era um dos melhores jogadores do mundo e depois foi para o Barcelona. Não conseguia deixar de ficar impressionado com ele, mesmo sendo adversário.»

«Com cerca de uma hora de jogo, foi substituído. Tive de dar a volta ao relvado e atiraram-me moedas, cerveja e todo o tipo de coisas inimagináveis. A nível de clubes, nunca joguei num ambiente como esse. Uns meses antes, tinha vencido na Turquia pela Suécia, num ambiente difícil e louco, mas diria que o Porto foi pior. Na Turquia, acabaram por nos saudar quando o jogo acabou. No Porto, nunca aplaudiram uma equipa do Benfica. É o sítio mais hostil onde alguma vez joguei, sem sombra de dúvida», concluiu o ex-jogador.

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