Belenenses-FC Porto, 1-1 (crónica) - TVI

Belenenses-FC Porto, 1-1 (crónica)

Belenenses-FC Porto

Dragão volta a sair do Jamor sem sorrisos

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Seis meses depois, o FC Porto volta sair do Jamor sem sorrisos. No regresso ao Estádio Nacional depois da final da Taça de Portugal perdida para o Sporting, a equipa de Sérgio Conceição deixa fugir dois pontos na luta pelo título, e está agora a quatro do líder Benfica.

Com uma boa organização defensiva e acutilância ofensiva, o Belenenses conseguiu bater o pé a um dragão incapaz de explorar as suas armas.

Pedro Ribeiro tinha avisado que o Belenenses só apresentava bloco baixo quando o adversário a isso obrigava, mas a verdade é que a equipa lisboeta entrou em campo disposta a baixar um pouco as linhas.

Não quer isto dizer que o Belenenses tenha abdicado do gosto em ter a bola, da vontade de atacar. Nada disso. Conservou a acutilância habitual, sobretudo na forma como explorou Licá nas costas de Manafá e Pepe.

Essa foi a base de quase todas as jogadas de perigo da equipa da casa, incluindo o golo ao minuto 15. Licá serviu o cruzamento rasteiro de André Sousa, que Marcano cortou para a entrada da área, onde apareceu André Santos a rematar de primeira, forte e colocado.

A estratégia ainda resultou em mais duas boas ocasiões para Licá, mas Marchesín negou-lhe o golo em duas ocasiões (18 e 30m), com destaque para a segunda, na qual o avançado apareceu na cara do guarda-redes portista mas viu-o defender com uma espantosa mancha.

Sem profundidade para explorar, por força da tal organização defensiva do adversário, o FC Porto sentiu dificuldades para criar perigo. Raramente conseguiu servir Zé Luís e Marega, pelo que procurou refúgio nos lances de bola parada.

Foi assim que surgiu o golo de Loum, anulado por fora de jogo de Danilo, com a ajuda do VAR (22m), e foi assim que surgiu o empate, ao minuto 32. O carrinho descontrolado de Tiago Esgaio colocou Alex Telles na marca de penálti, e o brasileiro não falhou.

Na segunda parte o Belenenses foi menos ameaçador, e foi quase por acaso que criou a melhor ocasião, ao minuto 55. Um balão de Esgaio encontrou Licá solto na área, mas o avançado dominou mal e o lance perdeu-se.

A equipa de Pedro Ribeiro procurou subir um pouco as suas linhas, não estar tão recuada, mas o FC Porto continuou sem conseguir explorar a profundidade.

Corona e Otávio procuraram combater a falta de ideias, mas Sérgio Conceição sentiu necessidade de juntar Sérgio Oliveira e Nakajima à equação (prescindindo de Manafá e Loum, ao minuto 64).

A melhor ocasião visitante pertenceu mesmo ao médio que na época passada esteve cedido ao PAOK, que de livre direto atirou ao poste (73m). Três minutos depois foi Alex Telles a tentar pela mesma via, mas o livre saiu à figura de Koffi.

Só nos minutos finais é que o FC Porto conseguiu encontrar os avançados, mas Marega falhou o alvo (82m) e Zé Luís viu Koffi negar-lhe o golo do triunfo (86m).

Já em período de descontos o Belenenses ainda teve uma ocasião em que Kikas ultrapassou Marchesín, que tinha saído da área, mas o avançado, ainda que saído do banco, não teve depois pernas para concluir o lance, resolvido por Alex Telles.

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