Inácio e a turbulência: «É a guerra da pasta, da nota» - TVI

Inácio e a turbulência: «É a guerra da pasta, da nota»

Augusto Inácio (Lusa)

Treinador do Aves comenta o clima no futebol português, fala da voz dos pequenos, da necessidade de respeitar todos por igual na comunicação social e das motivações dos atritos

Augusto Inácio, treinador do Desportivo das Aves, falou este sábado sobre o clima que atualmente se vive no futebol português. Na antevisão da partida com o Tondela, o treinador foi confrontado com as recentes incidências em torno da arbitragem e as consequentes repercussões.

O técnico dissertou sobre o tema.

«Normalmente quando há estas turbulências o normal é ser com os grandes. Podemos ter indignação, mas a força da nossa voz para chegar à comunicação social não tem eco. Quando nós reclamamos alguma coisa, se tivemos que reclamar, dão o eco que dão a esses clubes? Não dão. Nós somos dignos, participamos na Liga, sem nós não há campeonato, porque os grandes não podem jogar o entre eles, se não só faziam doze jogos. Pertencemos ao mesmo espetáculo e queremos respeito. Sei perfeitamente que o Aves na primeira página não vende jornais. Por isso a nossa voz é o que é, mas não nos retira o que queremos, que é verdade e que não aconteçam erros clamorosos. O erro vai sempre existir, mas que não interfira na decisão dos jogos», disse o treinador.

A nova questão sobre o tema Inácio respondeu com aquele que acha ser o vaticínio para o futebol português nos próximos anos.

«Há um grande problema no futebol português. Cada vez mais o nosso ranking na Uefa vai baixar. Até agora iam três equipas há Champions, agora vai só uma e o segundo classificado vai ao play-off. Daqui a um tempinho, não muito, o primeiro classificado vai ao play-off, nem entra diretamente. Estão muitos milhões em jogo, esta guerra não acontece porque se quer ser campeão, é a guerra da pasta..., da nota, que faz com que se alimentes estes atritos todos», atirou.

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