«Rui Patrício não pode chamar nomes a adeptos e sócios do Sporting» - TVI

«Rui Patrício não pode chamar nomes a adeptos e sócios do Sporting»

Bruno de Carvalho não vê como os jogadores possam rescindir depois de um ato que partiu deles próprios.

(artigo atualizado)

Bruno de Carvalho convocou uma conferência de imprensa para este sábado, tendo falado durante muito tempo e de várias coisas, quase sempre para tentar limpar a imagem da direção e dele próprio.

Pelo meio, deixou bem claro que para ele o que aconteceu na terça-feira em Alcochete foi um ato «hediondo», mas que teve um início: e esse início esteve nos jogadores, que, disse, tiveram comportamentos inadequados para com os adeptos no jogo com o Marítimo e, depois, omitiram-lhe que estava marcada uma reunião com elementos das claques terça-feira na academia do Sporting.

«O Rui Patrício tem tempo suficiente – e eu respeito o Rui Patrício, aliás ele disse-me que eu fui o único presidente que lhe pediu para deixar uma camisola no Museu do Sporting – para saber que não pode, não deve, num parque de estacionamento, dirigir-se a sócios e adeptos chamando-lhes nomes e dizendo saber que estavam pagos», referiu.

«Rui Patrício sabe mais do que isto. Rui Patrício tem mais inteligência emocional que que isto. Não devemos entrar neste tipo de situações com os adeptos, temos de saber medir o que dizemos e o que fazemos. Mas eu alguma vez estou a dizer que isso merecia um ato criminoso e hediondo? Nunca. Mas as coisas de facto tiveram um início, e esse início não foi no presidente do Sporting.»

Acrescentando depois que as agressões de terça-feira foram um ataque ao coração do Sporting, Bruno de Carvalho deixou bem claro que não vê no que aconteceu justa causa para rescindir.

«Não estou a ver, nem quero acreditar, e já o disse ontem a Joaquim Evangelista, que possa haver uma tentativa de rescisão por um ato que involuntariamente saiu dos próprios jogadores. Lamento ter de falar disto antes do final da Taça, não merecem nada daquilo que passaram, mas nós Sporting também não merecemos o que se passou.»

Refira-se que a conferência de imprensa do presidente do Sporting, inicialmente marcada para as 13h00, começou às 14h18. Com o administrador da SAD, Carlos Vieira, ao lado, Bruno de Carvalho falou ininterruptamente durante uma hora e 20 minutos, abrindo-se depois espaço para perguntas de órgãos de comunicação social. Só televisões e um meio de informação online tiveram oportunidade de questionar o dirigente, que disse estar convicto na inocência de André Geraldes, constituído arguido na Operação Cashball, onde as autoridades investigam suspeitas de aliciamento de árbitros e jogadores em jogos de andebol e futebol.

O presidente do Sporting deixou o Auditório Artur Agostinho do Estádio José Alvalade às 16h15.

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