O peso das bolas paradas na crise do Benfica - TVI

O peso das bolas paradas na crise do Benfica

Benfica-Santa Clara (Manuel de Almeida/Lusa)

Nove dos 21 golos sofridos pelos encarnados na Liga surgiram desta forma, mas a percentagem sobe drasticamente após a retoma: cinco em sete. Todas as derrotas tiveram golos sofridos de bola parada

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As bolas paradas defensivas tornaram-se num dos problemas mais óbvios do Benfica pós-confinamento. Dos sete golos sofridos pelos encarnados nos últimos quatro jogos, cinco surgiram desta forma.

Neste período, o conjunto orientado por Bruno Lage já consentiu mais golos de bola parada do que nas 24 rondas da Liga que foram realizadas até à paragem decretada em março devido à covid-19.

Na primeira volta do campeonato, por exemplo, os campeões nacional sofreram apenas um golo de bola parada: diante do FC Porto na derrota com os dragões por 2-0 na Luz. E até à paragem contabilizavam-se mais três: diante de Belenenses e FC Porto (dois, ambos de penálti) e um frente ao Sp. Braga, na sequência de um pontapé de canto, tal como diante dos azuis e brancos na terceira jornada.

Contas feitas, nove dos 21 tentos sofridos pelos encarnados nesta edição da Liga surgiram na sequência de bolas paradas: representam 43 por cento. Mas a percentagem sobe drasticamente se isolarmos a segunda volta (53 por cento) ou apenas o período pós-confinamento: 71 por cento.

Quatro dos nove golos averbados pelo Benfica no campeonato dessa forma surgiram na sequência de pontapés de canto, sendo que há ainda dois na sequência de livres indiretos, e os restantes foram consentidos através da marcação de castigos máximos. Ainda assim, o saldo entre ganhos e perdas é positivo para as águias, que faturaram 17 vezes de bola parada, quatro delas da marca dos onze metros: ainda assim, o registo percentual no bolo (29 por cento dos 59 golos) é menos significativo do que a mossa provocada pelos adversários.

Na antevisão ao duelo desta terça-feira com o Santa Clara, Bruno Lage já tinha sido confrontado com as debilidades do Benfica neste momento do jogo. «Tudo me preocupa. Oportunidades de canto ou de livre são porque algo não foi feito à frente ou atrás em termos defensivos. A nossa análise ao nosso trabalho é transversal a todos os momentos e não é pelas coisas acontecerem agora de uma determinada forma que a questão não esteja presente», limitou-se a dizer.

Certo é que as falhas do clube da Luz nas bolas paradas têm saído caras: dos sete jogos em que sofreu golos desta forma, só por duas vezes conseguiu triunfar: diante do Belenenses na Luz e, mais recentemente, em Vila do Conde frente ao Rio Ave. Houve ainda quatro derrotas (todas as que sofreu) e um empate.

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