Marítimo-Nacional, 3-2 (crónica) - TVI

Marítimo-Nacional, 3-2 (crónica)

  • Raul Caires
  • Estádio do Marítimo, no Funchal
  • 31 mar 2019, 17:34
Marítimo-Nacional

Marítimistas vencem dérbi da permanência

O Marítimo saiu da 27.ª jornada da Liga muito mais descansado quanto à luta pela permanência, e à custa do rival Nacional, que derrotou por 3-2, na tarde deste domingo, nos Barreiros. 

A equipa de Petit consolidou o 11.º lugar e já consegue vislumbrar uma luz mais intensa ao fim do túnel que leva à permanência. Já a formação de Costinha, já sabe que não vai fechar a ronda em zona de descida, embora com uma margem pontual muito reduzida. 

Dérbi é dérbi e o que mais divide os madeirenses arrancou a todo o gás. Que tal três golos em 15 minutos para começar?

As duas equipas entraram de olhos das balizas contrárias e, para gáudio das bancadas, a pontaria veio bem afinada. 

Logo aos 5m, Edgar Costa, na cobrança de um livre direto a sancionar falta cometida por Tissone sobre o jovem Pedro Pelágio, já perto da meia lua, não deu hipóteses a Daniel Guimarães. O guardião bem se esticou mas nada pôde fazer e até viu a bola embater no seu poste direito antes de se alojar no fundo das redes.   

O Nacional reagiu e os festejos no Caldeirão duraram pouco tempo. Vukovic, aos 10m, derrubou Camacho no interior da grande área e Luís Godinho, depois de visionar as imagens do VAR, apontou para a marca de rigor. O mesmo Camacho encarregou-se da conversão e fê-lo sem hipóteses para Charles. 

Só que a alegria dos adeptos alvinegros acabou por ser mais efémera. Cinco minutos depois, Jota derrubou o experiente Edgar Costa, e o juiz da partida, desta vez não teve dúvidas em assinalar prontamente para a zona de castigo máximo. Joel o cruel Tagueu também não tremeu da marca dos 11 metros e bateu Daniel Guimarães. 

Que grande início de jogo! Mais pragmático, o Marítimo de Petit apostava na profundidade com processos simples, defendendo em bloco quando à procura da bola. Já o Nacional de Costinha jogava um futebol apoiado, de posse e circulação de bola. 

Os alvinegros partiram em busca do empate acreditando nestas premissas. Mas os verde-rubros, nas poucas vezes que se deixaram surpreender, apenas cederam cantos. Charles ainda assinou duas boas intervenções, com destaque para que fez aos 27m, na sequência de um cabeceamento de Rosic, na sequência de um pontapé de canto, mas foi a sua equipa a dilatar a vantagem contra a corrente do jogo.

Aos 35m, Nanu recupera uma bola no seu meio campo ofensivo e despacha um cruzamento-remate que vai ter direitinho a Getterson, que recebe entre os centrais, à entrada da grande área, e já depois de ajeitar no interior dispara colocado ante a tentativa de mancha do guardião visitante.

A reação nacionalista veio logo de seguida, mas Charles - que está a fazer uma grande época -, opôs-se novamente com grande eficácia a uma cabeçada de Rashidov. Antes do intervalo, Joel Tagueu ainda atirou ao poste, e Riascos, viu um golo ser anulado, já que a bola havia transposto a linha de fundo ante do cruzamento.

O jogo foi vivo para o descanso e voltou com a mesma intensidade. Costinha trocou o apagado Rashidov por Bryan Rochez, mas com o passar do tempo começou a ficar evidente que faltava algo mais. A gestão do resultado por parte da formação de Petit, sempre muito coesa, não dava grandes espaços e desde cedo começou a colocar em sentido um Nacional que se queria mais adiantado no terreno. 

Aos 52m, Jota obrigou Charles a uma defesa com os pés, e pouco depois, o central Diogo Coelho desviou o esférico para o poste da baliza maritimista. Camacho também tentou desde a meia distância, mas coube a Getterson, aos 68m, desperdiçar o 4-1, com um cabeceamento que saiu muito perto da baliza de Daniel Guimarães.                 

Após um período de paragens marcado por algumas faltas e também substituições, e com ambas as equipas empenhadas em marcar, Zainadine cortou uma bola com a mão e deu o terceiro penálti do jogo. Decorria o minuto 87 e com o 3-2 no marcador ficava tudo em aberto, ainda por cima quando foram acrescentados seis minutos descontos.

A emoção foi mesmo até ao fim e o Nacional ainda festejou o golo, por intermédio de Riascos, mas o lance foi anulado por fora de jogo.  

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