Boavista-Desp. Aves, 2-1 (crónica) - TVI

Boavista-Desp. Aves, 2-1 (crónica)

O futebol que gera emoções, segundo Johan Cruyff

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O revolucionário e genial Johan Cruyff defendia que é extremamente importante as pessoas identificarem-se com o futebol da sua equipa, sentirem-se parte de algo especial que os preencha emocionalmente.

O sentimento que provocado nos adeptos, por vezes, vale mais que um empate ou até mesmo que um desaire. Uma grande penalidade de Rafael Costa, à entrada para o derradeiro quarto de hora, derrotou o Desportivo das Aves. Contudo, os adeptos avenses saíram do Porto com a alma preenchida, mesmo que a equipa não tenha conquistado pontos.

A partida começou praticamente com um golaço de Yusupha. Beunardeau bem voou, mas o pontapé só podia mesmo parar no fundo da baliza. Por estranho que pareça, o golo fez mal ao Boavista. Tornou-o apático, mais preocupado em defender-se dos ataques contrários do que em ferir o oponente.

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Após a entrada em falso, o Desportivo das Aves encontrou-se. Conseguiu uma mão cheia aproximações tímidas à baliza de Bracali antes de dar início ao verdadeiro assalto. Miguel Tavares – o melhor em campo – provocou um calafrio ao Boavista, mas Mohammadi não chegou a tempo para desviar o cruzamento.

Logo de seguida, os avenses chegaram à igualdade. Um livre do laboratório de Inácio: livre atrasado de Macedo e pontapé em arco de Mohammadi. O empate ajustava-se pelo que o Desportivo das Aves estava a jogar.

Quando Ruben Oliveira ficou perto da reviravolta, ao cair do pano da primeira parte, nem parecia que era o Desportivo das Aves a equipa que tinha sofrido a maior mudança no plantel. Apenas cinco jogadores transitaram da época passada enquanto o Boavista apresentava apenas dois reforços na equipa inicial.

A apatia boavisteira não ficou no balneário e prolongou-se no reatamento. Foi o Desportivo das Aves quem voltou a conseguir ter ascendente. A equipa de Inácio jogou e jogou bem com Ruben Oliveira e Falcão a mandarem por completo no meio-campo. Faltou o mais importante: concretizar as oportunidades.


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Welinton podia ter alcançado a reviravolta. Primeiro viu Ricardo Costa desarmá-lo quando preparava o remate e depois obrigou Bracali a defesa apertada.

Perante a hipótese de sofrer a segunda derrota consecutiva, Lito mexeu e fê-lo bem. A entrada de Heri para o lugar do apagadíssimo Sauer foi decisiva. O extremo cedido pelo Benfica entrou na área, foi derrubado por Mehremic e Hélder Malheiro não teve dúvidas. Rafael Costa fez o 2-1 de grande penalidade e deu o triunfo ao Boavista.

O Desportivo das Aves asfixiou o Boavista nos últimos minutos, mas não teve cabeça para chegar à igualdade.

A derrota fica mal os avenses, que fizeram os seus adeptos identificarem-se com o que fizeram, enquanto o Boavista sai com um sorriso amarelo.

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