Desp. Aves-Boavista, 2-0 (crónica) - TVI

Desp. Aves-Boavista, 2-0 (crónica)

Desp. Aves-Boavista (JOSÉ COELHO/Lusa)

Ave foge por entre as garras da pantera

Num jogo desenxabido a abrir a 24.ªjornada da Liga um «frango» de Bracali acabou por servir de prato principal no triunfo do Desp. Aves (0-2) sobre o Boavista. As duas equipas encaixaram-se em demasia, o espetáculo teve pouco de interessante e acabou por ser uma segunda metade acutilante do Aves a fazer a diferença.

O Desp. Aves abriu o marcador com uma dose preponderante de demérito de Bracali, que num livre sem perigo conseguiu deixar escapar o esférico para dentro da linha de golo. No espaço de sete minutos o conjunto de Augusto Inácio fez o segundo, outra vez de bola parada, desta feita por Jorge Fellipe na sequência de um pontapé de canto.

Regresso aos triunfos caseiros dos avenses depois duas derrotas consecutivas, impondo o primeiro desaire a Lito Vidigal nesta aventura na turma do Bessa. Três pontos importantes para os avenses, que à condição saltam para fora da linha de água, estando agora a um ponto do adversário desta noite.

Quem se atreve?

Mais tranquilo em virtude dos resultados recentes, o Boavista tentou entrar de forma mandona nas Aves. Ganhou serenidade a equipa do Bessa, com Lito Vidigal ao comando, estando bem na primeira fase de construção. Teve posse de bola, mas faltou depois capacidade para progredir no terreno.

Ou seja, a posse de bola axadrezada era estéril, abaixo da linha de água o Aves fazia por ser mais vertiginoso e objetivo nas suas intenções. Igualmente sem sucesso, pelo que a primeira parte do encontro foi órfão de motivos de interesse e um espetáculo pobre para a divulgação da modalidade.

Faltou atrevimento de parte a parte, escassearam lances de perigo junto das balizas. Um canto de Bueno, elemento que acrescenta qualidade à produção boavisteira, constituiu o lance de maior perigo nos primeiros quarenta e cinco minutos. A bola saiu chegada à baliza e Beunardeau teve de fazer uma defesa apertada. Lance de perigo no único remate do Boavista à baliza, mas ainda assim mais perigoso do que os seis avenses.

«Frango» de Bracali abre o tabuleiro

Partiu para a segunda metade mais aguerrido o Aves, assumindo a dianteira do jogo. Com outra responsabilidade em virtude da tabela classificativa, o conjunto de Augusto Inácio apareceu com mais acutilância na zona de Bracali.

Fariña entrou a romper pelo corredor central com perigo e Baldé testou os reflexos do guardião brasileiro do Bessa. Ameaçava subir as peças a equipa do Aves, acabando por ser Bracali a abrir o tabuleiro. Um «frango» do guarda-redes, num livre sem perigo, permitiu ao Aves partir para o triunfo que havia de ser assegurado de cabeça por Jorge Fellipe.

Prestação pragmática do Aves, que regressa aos triunfos perante um Boavista motivado. Dois lances de bola parada fizeram a diferença e servem como um importante balão de oxigénio na luta pela fuga aos últimos lugares. Travão na recuperação axadrezada; a exibição até começou por prometer, mas faltou verticalidade.

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