Desp. Aves-Marítimo, 3-1 (crónica) - TVI

Desp. Aves-Marítimo, 3-1 (crónica)

A cirurgia do golo

Relacionados

Há algo melhor que o golo no futebol? Pode chegar a qualquer instante, mas o futebol ensina-nos que há momentos mais decisivos. Que mudam a história dos acontecimentos. O Desportivo das Aves foi cirúrgico nesse aspeto: marcou a abrir as duas partes, em cima do intervalo e bateu o Marítimo por 3-1, para somar os primeiros três pontos na Liga.

É costume dizer-se que, em equipa que ganha, não se mexe. Mas Inácio e Manta não pautaram por aí. O Desportivo das Aves vinha de uma derrota no Bessa na primeira jornada, o Marítimo empatou na receção ao Sporting. Mas os técnicos foram fiéis aos 11 titulares.

E se em comum havia isso e a procura da primeira vitória, o início de jogo deu indicadores válidos. O Marítimo entrou ao ataque e obrigou o Aves a estar desperto à defesa. Tanto que a equipa de Inácio não podia ter tido melhor antídoto à investida dos leões insulares.

No primeiro remate à baliza, eficácia total. Rúben Macedo teve força e pontaria e desfez o 0-0 aos cinco minutos. O canto de Mohammadi sofreu desvios em Kerkez e Vukovic e o ex-FC Porto estava no sítio certo, em zona frontal, para dar vantagem aos avenses.

Desp. Aves-Marítimo: a ficha e o filme do jogo

Respirava de alívio Inácio, bastante interventivo e às vezes agastado com algumas indefinições em campo. Contudo, a vantagem permitiu solidificar – mas não tranquilizar – os processos da equipa, perante um Marítimo que foi à procura do golo. E foi bem.

Cley foi o homem forte das intenções insulares e deu o primeiro aviso num passe magistral para Getterson: o avançado isolou-se, mas teve oposição de Beunardeau, numa saída da pequena área. Depois, ficou a milímetros de desviar um cruzamento de Nanu. Na resposta, Rúben Oliveira tentou sacudir a pressão num forte remate seguro por Charles (18m).

Jogo intenso, diga-se, com constante parada e resposta. O Aves tinha em Welinton, Macedo e Mohammadi a equação ofensiva, mas havia mais Marítimo. Beunardeau negou o 1-1 a Getterson e viu Correa falhar por pouco um remate acrobático. Tamanha avalanche resultou mesmo em golo: Nanu, Correa e Vukovic montaram a jogada e Cley, após rodar sobre Mehremic, fuzilou a baliza (38m).

LEIA MAIS: todas as notícias do Desp. Aves

Já condicionado com três cartões amarelos, o Marítimo, no meio da motivação, foi penalizado em cima do intervalo, com nova desvantagem. O jogo já tinha prosseguido, quando Jorge Sousa foi ao vídeo-árbitro para confirmar uma falta de Bambock sobre Welinton na área. Mohammadi teve calma na hora certa e, de penálti, levou o Desp. Aves em vantagem para o descanso (44m).

LEIA MAIS: todas as notícias do Marítimo

O Desp. Aves geriu com pinças o ataque ao golo na primeira parte e seguiu essa toada a abrir a segunda. O Marítimo, pouco lesto a aliviar a bola, viu depois Welinton enganar Zainadine: na cara de Charles, o brasileiro não tremeu e fez o 3-1, aos 50 minutos. Vantagem para gerir com outro material de laboratório.

O Marítimo pressionou até ao fim, mas encontrou um Aves mais confortável a sustentar o jogo. Manta lançou Marcelinho, Maeda e ainda Erivaldo, mas pouco valeu a renovação ofensiva. Inácio estreou Enzo Zidane e viu a equipa ser, depois de atrevida, responsável para garantir o triunfo.  

Continue a ler esta notícia

Relacionados

EM DESTAQUE