Desp. Aves-Sp. Braga, 0-2 (crónica) - TVI

Desp. Aves-Sp. Braga, 0-2 (crónica)

Aves-Sp. Braga

Muralha avense derrubada para assistir ao clássico na poltrona

O Sp. Braga assiste ao clássico de poltrona depois de derrubar a muralha defensiva avense. À condição no segundo lugar, depois de cumprir a sua missão (0-2) frente a um conjunto avense superdefensivo, os arsenalistas sabem que sairão desta ronda ganhar, porque os rivais mais próximos medem forças no dérbi lisboeta.

Jogo pobre nas Aves, muito por força da equipa da casa, que baixou linhas, formou uma muralha em frente à sua baliza e teve apenas preocupações defensivas. Sentou dificuldades o Sp. Braga, mas conseguiu fazer com que a estratégia avense ruísse à passagem da hora de jogo.  Foi Goiano a traçar o golo que mudou o rumo do jogo. Depois do primeiro os arsenalistas fecharam a contagem com uma jogada de fino recorte, ao primeiro toque perante um Desportivo das Aves desconcertado.

Quem viu este Aves e quem o vê. Que dizer desta prestação quando há como termo de comparação a resistência oferecida a FC Porto e Benfica, por exemplo, jogos nos quais os avenses se agigantaram e fizeram boa propaganda ao futebol. Precisamente o inverso desta noite.

Reinventou-se o Sp. Braga, adaptou-se ao jogo e foi paciente até explodir para passar para a frente do marcador.

Posse estéril VS contra-ataque encravado

O conjunto de Abel Ferreira fez-se valer do seu estatuto e, por isso, assumiu as rédeas do jogo com mais posse de bola e domínio territorial inequívoco. Por seu turno, o Desp. Aves não se incomodou com este figurino, dando inclusivamente a iniciativa ao adversário para depois de recuperar o esférico e lançar-se em contra-ataque.

A jogar num esquema com três centrais, Augusto Inácio povoou a frente da área avense e causou dificuldades ao Sp. Braga na progressão. Demasiados obstáculos para a construção do Sp. Braga, que foi trocando o esférico mas a barreira avense esteve cerrada. Paulinho tentou contrariar isso, assinando dois remates perigosos, um deles ao poste, mas sem efeitos práticos.

Os homens que se articularam atrás faltaram depois no processo ofensivo avense, com a equipa de Augusto Inácio a estar encolhida por natureza, não se conseguido libertar dessa postura. Encravou o contra-ataque que, no papel, seria uma das principais armas do Desp. Aves.

Guerreiros derrubam barreira ao minuto 61

Tentou arranjar armas para dar expressão ao domínio Abel Ferreira, deixando Palhinha no balneário ao intervalo, para acrescentar Fransérgio ao jogo. Ganhou metros o conjunto arsenalista, entrou pujante na segunda metade e ameaçou por mais do que uma vez a baliza de Beunardeau.

Assédio que deu frutos ao minuto 61, tal como se perspetivava. Encolheu-se em demasia a equipa da casa, forçou o Sp. Braga. Foi Goiano o herói que acabou com a ansiedade bracarense. Subida pelo corredor direito naquele que foi o momento do jogo, a atirar para o fundo das redes depois de combinar com Dyego.

Imperou o futebol sobre a tática, o talento sobre os rascunhos da organização. E que golo do Sp. Braga, o segundo, ao primeiro toque, a desfazer qualquer dúvida apenas seis minutos depois. Várias triangulações a resolver o jogo, sendo Paulinho o autor final da obra de arte.

Contas feitas, ganhou quem fez por isso. O Sp. Braga pressiona Benfica e Sporting com a certeza de que dorme no segundo lugar. O Desp. Aves volta a cair aos lugares de despromoção com uma prestação de tração atrás. Demasiado amorfa e órfão de ambição.

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