Décimo primeiro ponto fora portas do Tondela. Com recurso a crédito, em jogo antecipado da nona jornada, os beirões venceram nas Aves pela margem mínima (0-1) e ascendem provisoriamente ao quinto lugar da tabela classificativa.
Foi às três tabelas que o conjunto de Natxo manteve a invencibilidade fora de portas, a grande fonte de rendimento dos beirões neste arranque de época, fazendo o Aves avançar para uma preocupante sexta jornada consecutiva a perder.
Beunardeau introduziu a bola na sua própria baliza num lance em que Falcão intercetou um remate que ia para fora. Azar para os avenses, fortuna para os beirões num jogo globalmente mal jogado e que foi uma má propaganda para o desporto rei.
Nulidade absoluta
Perante um calor abrasador Aves e Tondela iniciaram o jogo a um ritmo muito baixo, com pouca intensidade e poucos minutos de interesse. O risco foi demasiado calculado, o rigor defensivo sobrepôs-se ao talento e escassearam lances de perigo.
Aliás, foi raro ver-se uma troca de bola em progressão no terreno digna desse nome. Faltou técnica, sobrou entrega no desarme. Em suma, faltaram os predicados que fazem do futebol um desporto aliciante.
Um cabeceamento de Denilson no último minuto da primeira parte (!) foi o lance de maior frisson de uns primeiros quarenta e cinco minutos que mais pareciam de um jogo de pré-temporada.
Autogolo vale três pontos
Inácio tentou mexer com o jogo ao intervalo. Deixou no balneário o apagado Enzo Zidane, fazendo entrar o egípcio Kharaba. Natxo esperou aproximadamente vinte minutos e também mexeu em dose dupla na equipa.
Foram mudando alguns intervenientes, a toada mantinha-se. Futebol pobre, e poucas jogadas com princípio meio e fim. Acabou por ser um dos elementos lançados a partir do banco a fazer a diferença, com uma grande dose de sorte à mistura. De um remate que ia para a linha de fundo Richard tirou a lotaria ao ver Falcão desviar para o seu guarda-redes, que acabou por introduzir a bola na própria baliza.
Onze dos dozes pontos do Tondela foram conseguidos fora de portas. Num jogo em que ninguém mereceria vencer, os Deuses da bola fizeram os pontos pender para um Tondela feliz fazendo a Lei de Murphy soltar-se na Vila das Aves. Mesmo com mais uma ronda os avenses não largam a lanterna vermelha.
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