Sp. Braga-Desp. Aves, 4-0 (crónica) - TVI

Sp. Braga-Desp. Aves, 4-0 (crónica)

Goleada disfarça pecados recentes

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A estreia de Artur Jorge no comando técnico dos guerreiros fez-se com um triunfo robusto alcançado na segunda parte. O Sp. Braga voltou às vitórias na receção ao ‘condenado’ Desportivo das Aves (4-0), não conseguindo, ainda assim, uma exibição a fazer lembrar o conjunto triturador que já foi esta época.

Cinco minutos à guerreiros no início da segunda parte, com dois golos marcados, serviram de máscara aos bracarenses para esconder uma exibição pálida e com vários pecados recentes. Processos lentos, pouca criatividade e falta de rasgo caracterizaram um Sp. Braga superior ao Aves, mas amorfo e aparentemente desmotivado.

O novo técnico alterou o esquema tático, voltando a utilizar dois pontas de lança num claro corte com o passado recente, cabendo a Rui Fonte e Ricardo Horta o papel decisivo no apontar dos golos arsenalistas na fase crucial do jogo. O resultado viria a avolumar-se com tentos de Abel Ruiz e Paulinho.

Décimo-primeiro jogo consecutivo sem vencer do Aves que, nos últimos nove jogos somou apenas um ponto, na receção ao FC Porto. Já lá vão sete jogos, 680 minutos sem abanar as redes adversárias.

Falsas promessas

O guião para o jogo era, à partida, estranho de interpretar. De um lado uma equipa com números paupérrimos esta época, já com a descida matematicamente confirmada, a medir forças com uma equipa que estreava o quarto treinador da época e que está claramente numa fase de crise identitária.

Para lá estes enunciados, as udas equipas até entraram a prometer no relvado da pedreira. Sem marcar qualquer golo nos últimos seis jogos, o Aves enviou logo uma bola ao ferro aos seis minutos. Por sua vez, o Sp. Braga, por intermédio de Paulinho, marcou por duas vezes, mas as duas em posição irregular.

Falsas promessas. A primeira metade do encontro foi uma autêntica nulidade, sem chama, sem nervo nem fúria. Quase sem vontade. Tudo foi demasiado previsível, mesmo Artur Jorge tendo mudado o sistema tático do Sp. Braga, jogando com dois pontas de lança. Mudou o sistema, manteve-se a lentidão de processos.

Tarefa facilitada para um Aves recolhido defensivamente com uma linha recuada de cinco homens, musculada com mais três elementos à frente a jogar com «compromisso, caráter e respeito», tal como pediu Nuno Manta Santos.

Cinco minutos de mudança

A segunda metade foi diferente. Forçosamente. Quanto mais não seja porque teve os golos que fizeram a diferença no resultado final. Em apenas cinco minutos os Sp. Braga fez dois golos, logo nos instantes iniciais, arrumando com a questão. Uma questão que ameaçava ser de resposta difícil.

Foi através de um pontapé de canto que os agora comandados de Artur Jorge conseguiram desbloquear o jogo. Trincão bateu na esquerda, logo aos quatro minutos do segundo tempo, e no coração da área o ponta de lança reencontrou-se com as redes adversárias ao atirar de cabeça para o fundo das redes ao aparecer sem oposição.

Apenas quatro minutos volvidos, já com o jovem Fabiano em campo, os guerreiros fizeram e segundo e arrumaram com qualquer tipo de esperança, se é que havia, que o Aves poderia acalentar. Passe de Paulinho para Ricardo Horta rematar de primeira, como tão bem sabe fazer.

O jogo ficou sem história, dada a inoperância avense, que nem sequer ousou tentar um resposta, avançando para o sétimo jogo consecutivo sem marcar. Muito pobre. Abel Ruiz e Paulinho, este último já nos descontos, no último lance do encontro, ainda marcaram, ampliando o resultado para quatro golos sem resposta no regresso aos triunfos dos bracarenses.

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