Desp. Chaves-Sporting, 1-3 (crónica) - TVI

Desp. Chaves-Sporting, 1-3 (crónica)

  • António Ramos
  • 30 mar 2019, 21:25
Chaves-Sporting

«Leão» rugiu mais forte na casa dos valentes transmontanos

Jogo de alto risco, assim se lançava esta partida. Os flavienses a procurarem a chave da saída da zona da aflição, enquanto que os leões, face ao resultado verificado em Braga [derrota dos bracarenses frente ao FC Porto], procuravam em Trás os Montes atingir o terceiro lugar – embora o técnico leonino ainda não tenha deitado a toalha ao chão relativamente a outros voos neste campeonato.

Assim, o Municipal de Chaves atingiu bonita moldura humana, com quase 6.000 espetadores, numa tarde amena de primavera, um ambiente, diga-se a convidar a uma boa «jogatana».

Além dos pontos em disputa, estava ainda a estatística em jogo: o Desp. Chaves, com três jogos sem perder e moralizado pela vitória em casa do Aves, enquanto que o Sporting, na era Keizer, procurava em terras flavienses a sua quarta vitória consecutiva, o que veio a acontecer.

A primeira parte não foi bem jogada, mas mesmo assim, após alguns momentos de equilíbrio, registou-se um tímido ascendente  por parte do Sporting, culminada com o primeiro golo, obtido por Luiz Phellype, aos 24 minutos. Antes o Chaves teve umaboa oportunidade, mas Maras e Luís Martins atrapalharam-se, gorando-se assim as reais intenções dos flavienses.

Este golo espicaçou os locais que foram mais ousados e o intervalo não chegou com as equipas empatados porque Coates, aos 29 minutos, salvou in extremis uma bola bem rematada por André Luís.

DESP. CHAVES-SPORTING, 1-3: FILME E FICHA DE JOGO.

O período complementar apresentou um Chaves mais afoito. Em desvantagem, foi nítida a toada ofensiva, com o coletivo a reagir bem, empurrando o Sporting para o seu meio campo. Quando as coisas pareciam bem encaminhadas, eis que os locais sofrem um primeiro revés (mais tarde o guarda redes António Filipe saiu lesionado), pois Jefferson, numa atitude imprudente, viu o segundo amarelo e consequente expulsão.

Contra dez, o jogo parecia facilitado para os forasteiros. Puro engano, pois os transmontanos provaram porque são apelidados de valentes, já que aos 60 minutos, André Luís conseguiu mesmo o empate, trazendo alguma justiça à partida, diga-se.

A querer sair de Chaves com outro resultado, Keizer  fez entrar Jovane e esteve aqui a solução do jogo, pois a partir daí a dinâmica leonina foi outra, com os centrais flavienses a passarem por momentos de grande apuro. Mediante esta toada ofensiva, não foi de estranhar que o Sporting se colocasse de novo na frente do marcador, com o suspeito do costume, Bruno Fernandes, a marcar com um tiraço do meio da rua, aos 80 minutos.

A partir daí, os leões controlaram a partida, até porque a frescura física dos locais já não era a mesma.

O Sporting, já no período final de descontos, conseguiu mesmo o terceiro golo que sentenciou de vez a partida, com Luiz Phellype a bisar, ele que se estreou a marcar de verde e branco.

Num terreno tradicionalmente difícil, o leão rugiu mais forte ante a garra e determinação dos flavienses que foram valentes na forma como tentaram dar um outro rumo ao resultado.

Continue a ler esta notícia

EM DESTAQUE