Feirense-Benfica, 1-4 (destaques)

FIGURA: Seferovic
Marcou em dez das últimas 11 jornadas e na Feira fez um golaço de pé esquerdo e outro de cabeça. Caio afastou a soco, mas a bola caiu direitinha no pé esquerdo de Seferovic. De primeira, sem deixar cair, o suíço serviu um chapéu de abas perfeitas. Perto do fim, o bis: cruzamento na esquerda e cabeceamento colocadíssimo. Melhor em campo, claro.

MOMENTO: reviravolta em cima do intervalo
O Benfica sofria, sofria muito na Feira, quando André Almeida completou a reviravolta no marcador. Samaris aproveitou uma falta de marcação para cabecear e a bola atravessou uma floresta de pernas até ser recebida pelo capitão das águias. André recebeu e fuzilou, colocando a sua equipa pela primeira vez na frente.  

NEGATIVO: Vlachodimos
Tarde desastrada. No golo do Feirense ficámos com a sensação de que cruzamento seria seu, se tivesse saído da baliza; já antes falhara num cruzamento e João Silva só não marcou porque a bola passou por cima; com o pé direito meteu duas vezes a bola nos adversários. É um guarda-redes com qualidade, mas também de alguma instabilidade.

OUTROS DESTAQUES

Samaris
O mais lúcido do Benfica nos primeiros 30 minutos, período de dificuldades e desinspiração para as águias. Fisicamente forte, importante na pressão sobre o portador de bola feirense. Está no segundo golo, ao ganhar na área adversária, antes da bola chegar a André Almeida. Jogou à frente de Florentino, na posição habitualmente preenchida por Gabriel.

Adel Taarabt
Teve de esperar quase quatro anos para ser titular do Benfica. Sobre a esquerda, o marroquino entrou agressivo e a tentar jogar simples. Apareceu numa excelente arrancada já perto do intervalo, mal definida, e numa recarga a um remate de Pizzi. Bola para a bancada. Sabe bem o que faz com a bola, é um médio esclarecido. Se a cabeça ajudar, o corpo pode ser uma bela ajuda para atenuar os problemas de Bruno Lage.

Tiago Silva
Um tratado de bem jogar. No primeiro tempo, e numa fase em que a pressão do Benfica era muito branda, teve pormenores de craque. Recebia, rodava, fugia a dois ou a três e servia um colega bem posicionado. Foi desaparecendo com o avançar dos minutos, mas percebemos, mais uma vez, que é um jogador de tremendo potencial.

João Félix
Já não pode ser só normal. Bruno Lage afirmou-o e essa é, de facto, a realidade. Na Feira, o avançado não esteve mal, longe disso, mas pareceu demasiado normal, demasiadas vezes. Leva nota positiva até porque foi o primeiro a incomodar Caio Secco. Não mais do que isso.

Pizzi
Sofreu e transformou em golo o penálti para o 1-1. Jogo regular, com menos bola do que o habitual. Ainda obrigou Caio Secco a uma defesa apertada, antes de Taarabt atirar a recarga para o povo da Feira.

Edson Farias e Vítor Bruno
A boa primeira parte do Feirense explica-se, também, pelo acerto dos laterais. Quantos cortes fizeram Farias e Vítor Bruno? Quantas vezes apareceram em posição de cruzamento no apoio ao ataque? Inesgotáveis.

Fábio Sturgeon
Fez um grande golo de cabeça e… desapareceu. Foi dos mais apagados da equipa, mas aparece aqui porque o 1-0 é, sem dúvida, de uma execução excelente.